Mobilidade e equidade : um olhar da justiça distributiva sobre o uso da motocicleta em Alagoas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: LIMA, Jessica Helena de
Orientador(a): MAIA, Maria Leonor Alves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37729
Resumo: Trata-se de uma análise de como a motocicleta impacta no aumento ou na diminuição da equidade, a partir da teoria de justiça proposta por Donald Dworkin. Busca-se a olhar a motocicleta de forma mais justa, percebendo e atribuindo funções características do sistema viário de uso mais equânime e diverso. A abordagem metodológica escolhida é mista, utilizando análise de discurso de dados qualitativos, coletados através da técnica de grupos focais, e análise econométrica de dados quantitativos, utilizando a técnica de regressão logística. A pesquisa justifica-se na medida em que os estudos sobre motocicleta se concentram na questão dos índices de envolvimento de motociclistas em acidentes, com ênfase no custo social associado. Entretanto, para pautar políticas públicas eficazes é importante compreender a importância da motocicleta para a acessibilidade. Os resultados apontam que a motocicleta atua na promoção de uma maior equidade ao viabilizar o acesso a atividades que os indivíduos não conseguiriam realizar de outra forma. Concomitantemente, ela atua para uma redução da equidade, por ter um alto percentual de acidentalidade e existir relação entre a morte do motociclista e redução de renda familiar. Constatou-se ainda, que determinados grupos sociais apresentam maior probabilidade de óbito em acidentes de trânsito. Conclui-se que é preciso ampliar a consciência de que os motociclistas não são usuários menos importantes do sistema viário, pautando políticas públicas para este fim. Desta forma, será possível aumentar o potencial amplificador da equidade e ao mesmo tempo restringir o principal elemento redutor da equidade, os acidentes.