Influência dos níveis de imersão sobre a função pulmonar, a ventilação voluntária máxima e a pressão dos músculos respiratórios em indivíduos saudáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: CARNEIRO JUNIOR, Jáder
Orientador(a): ANDRADE, Armele de Fátima Dornelas de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2184
Resumo: As alterações da mecânica respiratória proveniente da imersão até altura do pescoço, através dos efeitos da pressão hidrostática e da força de flutuação, são pouco estudadas. O objetivo deste estudo foi avaliar em indivíduos sadios a função pulmonar, a ventilação voluntária máxima e a pressão dos músculos respiratórios durante diferentes níveis de imersão em piscina, comparando com os valores obtidos em solo. Foi realizado um estudo do tipo corte transversal com uma amostra constituída de 32 indivíduos sadios, com idade média de 21,75 + 1,99 ano. Através dos testes de espirometria e de manovacuometria foram avaliados os volumes e capacidades e pulmonares e a força dos músculos inspiratórios e expiratórios fora da piscina e sob três níveis de imersão (até clavículas, até apêndice xifóide e até cristas ilíacas). Verificou-se uma diminuição significante na capacidade vital (CV) quando comparado fora da piscina (3,59) com a mediana obtida sob imersão, em nível de apêndice xifóide diminuiu para 3,63 (p<0,004), estando a maior diferença em relação à imersão até clavículas (3,38) (p<0,004), quando comparado com a imersão até cristas ilíacas não foi observada diferença significante, tendendo a um pequeno aumento (3,72). A mediana do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) em solo foi de 3,22 enquanto sob imersão até clavículas foi de 3,08 (p<0,001), até apêndice xifóide foi de 3,04 (p<0,001) e até cristas ilíacas foi de 3,15 (p<0,001). O fluxo expiratório forçado no intervalo entre 25 e 75% (FEF 25-75%) obteve mediana de 3,78 (p<0,002) em solo, diminuindo sob imersão até clavículas 3,71 (p<0,002), até apêndice xifóide 3,64 (p<0,002) e até cristas ilíacas 3,57 (p<0,002) A VVM não apresentou diferença significante na relação solo com os três níveis de imersão, porém de forma indireta, foi observado que a relação VVM e VEF1, verdadeira fora da piscina, não se manteve durante imersão. A pressão inspiratória máxima apresentou valores médios menores sob imersão até clavículas (90,78±23,42) (p<0,001), sob imersão até apêndice xifóide (99,06±23,6) (p<0,001) e sob imersão até cristas ilíacas (100,94±25,03) (p<0,001) quando comparado aos valores fora da piscina (104, 69±29,15) (p<0,001). Os resultados deste estudo sugerem que os três níveis diferentes de imersão, através da pressão hidrostática, influem de forma significativa diminuindo volumes pulmonares e a força da musculatura inspiratória. Palavras-chave: fisiologia da imersão, volumes pulmonares, ventilação voluntária máxima