Idade e crescimento de duas espécies do gênero Squalus na costa nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: LOEBENS, Sara de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35154
Resumo: Os tubarões do gênero Squalus (Linneus, 1758) são os mais abundantes no talude continental brasileiro. Esses indivíduos possuem espinhos presentes nas nadadeiras dorsais que são estruturas rígidas calcificadas utilizadas para determinação etária e consequente estudo de crescimento. Sendo assim, o principal objetivo desse estudo foi estimar a idade e crescimento das espécies de cação-bagre-da-cauda-branca Squalus cf. albicaudus Viana, Carvalho e Gomes (2016) e de cação-bagre-da-Bahia Squalus cf. bahiensis Viana, Carvalho e Gomes (2016) encontradas na costa pernambucana. No período de outubro de 2014 a março de 2018, foram coletados exemplares das espécies em profundidades entre 200 a 500 m ao longo da costa de Pernambuco através de cruzeiros científicos a bordo do barco de pesquisa Sinuelo da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), utilizando-se espinhel e armadilhas de fundo (covos). Foram coletados oitenta e dois espécimes de Squalus cf. albicaudus, sendo 42 fêmeas (220,0 a 860,0 mm em CT) e 44 machos (241,0 a 554,0 mm em CT), e 33 espécimes de Squalus cf. bahiensis, todos fêmeas (576,0 a 860,0 mm em CT). Todos os exemplares, depois de medidos e pesados, tiveram os espinhos das nadadeiras dorsais retirados e igualmente medidos e pesados. Os resultados morfométricos e as relações CT-CTE e PE-CT para os espinhos de ambas as espécies confirmaram a estrutura como sendo apropriada para o estudo de idade. Além disso, espinhos da primeira nadadeira dorsal foram confirmados como eficientes para leitura de bandas quando comparados aos da segunda nadadeira para ambas as espécies (p>0,05). Os valores de coeficiente de variação (CV) de 10,52% e 7,34% e do erro percentual médio (APE) de 8,75% e 6,68%, para S. cf. albicaudus e S. cf. bahiensis respectivamente, e gráficos de viés relativo de idade confirmaram leituras precisas para determinar a idade das espécies. S. cf. albicaudus não apresentou diferenças significativas de crescimento dos espinhos entre machos e fêmeas (p>0,05). Com base na literatura, considerou-se que cada par de bandas corresponde a um ano de idade. Após a aplicação do critério de ± 2 anos de Ketchen e da correção do mesmo, foram definidas as idades para 69 indivíduos de S. cf. albicaudus e 19 indivíduos de S. cf. bahiensis, respectivamente. Para S. cf. albicaudus as idades variaram entre 1 e 24 anos para as 33 fêmeas e 1 e 14 anos para os 36 machos e para as fêmeas de S. cf. bahiensis entre 12 e 20 anos. O modelo de melhor ajuste para as fêmeas de S. cf. albicaudus foi o de von Bertalanffy dois parâmetros (L∞ = 709,302 e k = 0,100) e para os machos o de von Bertalanffy (L∞ = 532,230 e k = 0,246 e t0 = -0,985). Para as demais análises das curvas de crescimento para a espécie, os modelos de acima citados também foram os mais utilizados.