Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
BULHÕES, Claudia Corrêa |
Orientador(a): |
ATAÍDE JÚNIOR, Luiz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12703
|
Resumo: |
Introdução: O trabalho em turnos pode alterar a qualidade do sono de profissionais de Enfermagem, especialmente naqueles trabalhando em unidades de terapia intensiva. Objetivo: Analisar a relação entre acidentes/incidentes de trabalho e distúrbios do sono em profissionais de enfermagem das unidades de terapia intensiva no Recife. Métodos: Estudo prospectivo, longitudinal, com duração de 12 meses, analítico, com comparação de grupos distribuídos por nível de formação. Foram avaliados 103 profissionais de Enfermagem trabalhando em turnos em unidade de terapia intensiva de dois hospitais, sendo um público e um privado, de agosto a dezembro de 2011, em primeira etapa, e de fevereiro a maio de 2012, em segunda etapa. A amostragem foi de conveniência, aleatória, estratificada, empregando para coleta dos dados: questionário sociodemográfico e de condições de trabalho; risco de acidentes; índice de Pittsburgh; escala de Epworth; síndrome de pernas inquietas e diagnóstico de movimentos involuntários dos membros; questionário de Berlim e de estado de alerta, além de exame físico direcionado aferindo circunferência cervical e classificação de Mallampati. A análise, realizada com o programa Statistical Package for Social Sciences, versão 17.0, empregou distribuição de frequências para variáveis nominais ou ordinais; testes de Wald-Wolfowitz e de extremos de Moses, para diferenças entre os grupos e teste de Qui quadrado ou teste exato de Fisher, todos em nível de significância de 0,05. Foram obedecidos os preceitos da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde e as recomendações da Convenção de Helsinki de 2008. Adicionalmente, apresentou-se revisão da literatura sobre trabalho em turnos. Resultados: Houve referência de acidente em trabalho por 65 (63,1%) profissionais e predomínio de alta possibilidade de síndrome de sonolência diurna (44; 68,0%), má qualidade de sono (60; 92,2%), risco aumentado de apneia de sono (50; 77,7%), corroborada por exame físico direcionado, fragmentação do sono (65; 100,0%; p<0,001), síndrome das pernas inquietas (48; 73,8%; p=0,013) e movimentos involuntários dos membros (35; 54,3%). Dentre os 62 (60,8%) profissionais com quatro ou mais testes indicando distúrbios de sono, 38 (61,7%) se associavam a acidente/incidente em trabalho. Conclusões: A concomitância entre comprometimento frequente do sono e relato de acidente em trabalho pode evidenciar perdas de arquitetura do sono derivadas do trabalho em turnos com alto grau de atenção. |