Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
BIAGINI, Liane |
Orientador(a): |
DOURADO, Débora Coutinho Paschoal,
LEITE, Regina Maria de Oliveira,
ARAÚJO, Joaquim Filipe Ferraz Esteve de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Administracao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46074
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Resumo: |
Não é raro as ouvidorias públicas se depararem com situações conflitantes advindas das relações socioprofissionais, nomeadamente, o assédio moral. Nesse cenário, há uma lacuna quando o estudo abrange ambos os temas concomitantemente. Por isso, essa investigação buscou analisar o papel e a influência da ouvidoria na gestão e prevenção do assédio moral nas Instituições de Federais de Ensino Superior (IFES) do Brasil sob a perspectiva dos ouvidores. Assim foram traçados três escopos consecutivos: (1) identificar o papel desempenhado pelas ouvidorias das IFES do Brasil; (2) analisar que ações de natureza remediativa e/ou preventiva são adotadas pelas ouvidorias das IFES do Brasil para lidar com o assédio moral no ambiente do trabalho; e, (3) analisar a influência do contexto organizacional das IFES do Brasil no reconhecimento da existência de assédio moral. Tendo-se em conta a proposta de uma pesquisa qualitativa, utilizou-se como instrumento de coleta de dados as entrevistas semiestruturadas junto aos ouvidores das IFES e aplicou-sea técnica da análise de conteúdo para a análise dos dados. Os resultados obtidos através da análise das 35 entrevistas sugerem que o papel da ouvidoria é configurado por quatro papéis principais que, agregados, justificam o papel democrático que a ouvidoria é suposta ter. A ouvidoria, ao recepcionar uma denúncia de assédio moral, deve atuar na tratativa da manifestação de forma a promover o controle social. E mais, esse instituto tem a oportunidade de favorecer as ações de prevenção e combate desse fenômeno no ambiente acadêmico, promovendo a participação social. Nessa conjuntura, ainda é preciso olhar para o contexto organizacional haja vista que quando um conjunto de elementos (que se inter-relacionam) está presente, acaba por contribuir para que a ouvidoria esteja munida pelos diferentes tipos de legitimidade. Desse modo, sem se desvincular de seu papel democrático, ela poderá ser uma influenciadora na gestão e prevenção da denúncia de assédio moral, de forma que as práticas exercidas na organização favoreçam o reconhecimento dessa violência. A legitimidade da ouvidoria pode ser conquistada, por exemplo, com a presença da autonomia — um componente importante para a ouvidoria pública, visto que sua missão envolve a melhoria dos serviços que são prestados aos usuários —, e onde práticas nocivas, como, o corporativismo, não devem ter espaço em um cenário democrático. Portanto, os elementos do contexto organizacional podem influenciar, ou não, o reconhecimento da existência do assédio moral no ambiente de trabalho das IFES. |