Produção de inóculo micorrízico: otimização em substrato com adubos orgânicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: COELHO, Ieda Ribeiro
Orientador(a): MAIA, Leonor Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25337
Resumo: O sistema de produção de inóculo de fungos micorrízicos arbusculares (FMA) usando areia e vermiculita irrigados com solução nutritiva é promissor. Porém, fontes orgânicas adicionadas ao substrato de cultivo podem estimular a esporulação dos FMA e substituir a solução nutritiva. O objetivo deste estudo foi selecionar substratos orgânicos que, adicionados ao sistema areia:vermiculita, maximizem a produção de inóculo micorrízico. Foram conduzidos três experimentos: o primeiro para selecionar o substrato orgânico para produção de inóculo; o segundo para determinar a infectividade dos inóculos que produziram mais esporos; o terceiro para avaliar a eficiência dos inóculos produzidos. No primeiro experimento testaram-se quatro substratos usando areia e vermiculita adicionados de: (a) solução nutritiva = controle; (b) 10 % de vermicomposto; (c) 10 % de pó de coco; (d) 10 % de Tropstrato® e quatro isolados de FMA: Acaulospora longula, Claroideoglomus etunicatum, Dentiscutata heterogama e Gigaspora albida. Como hospedeiro, utilizou-se painço (Panicum miliaceum). Após 60 dias de manutenção dos potes em telado quantificaram-se os esporos. No segundo experimento, utilizaram-se amostras dos inóculos produzidos com 10 % de vermicomposto. Amostras do inóculo, constituído por esporos, hifas e raízes colonizadas, foram diluídas nas proporções 1:10; 1:100: 1:1000 (v/v) com areia autoclavada utilizando-se milho como planta hospedeira. Após 30 dias em telado, foi avaliada a presença de estruturas micorrízicas nas raízes para determinar o número mais provável de propágulos infectivos. Raízes cultivadas no substrato 1:10 também foram usadas para avaliação da infectividade dos inóculos pelo método da percentagem média de infecção. No terceiro experimento, os isolados produzidos com vermicomposto (10%) foram testados quanto à eficiência em plantas de milho, em solo coletado em área de Caatinga nativa. Após 70 dias da inoculação avaliou-se a biomassa das mudas. A produção de esporos variou em função da fonte orgânica adicionada. O vermicomposto adicionado à areia e vermiculita proporcionou maior esporulação para o isolado de A. longula, em relação aos demais substratos. O inóculo de A. longula produzido também apresentou elevado número de propágulos infectivos e eficiência em promover acúmulo de biomassa em plantas de milho. Conclui-se que o sistema de produção de inóculo utilizando areia e vermiculita + 10 % vermicomposto favorece a produção de inóculo infectivo de A. longula, com o fungo beneficiando o crescimento do hospedeiro.