Cultura política e Movimentos Sem-Teto : as lutas possíveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: RODRIGUES, Cibele Maria Lima
Orientador(a): FONTES, Breno Augusto Souto Maior
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9368
Resumo: Nossa tese tem por objetivo propor uma definição de cultura política a partir da teoria do discurso de Laclau e Mouffe, considerando os conceitos de hegemonia, imaginário social e mito. As relações sociais são compreendidas numa teoria da hegemonia e do antagonismo numa perspectiva pós-marxista e pós-estruturalista que inclui conceitos como deslocamentos e significantes vazios. Nesse sentido, vamos considerar que a cultura política pode ser pensada como um imaginário político no qual estão inscritos significantes vazios e ambíguos. Assim, as lutas políticas são guerras de interpretação em torno de significantes. As reflexões aqui apresentadas têm por base a observação de interações entre agentes de movimentos sem-teto e o estado, analisados a partir da conceituação de manifestações coletivas de Remo Mutzenberg. Consideramos que esses agentes constituem seus discursos a partir de diferentes interpretações de uma tradição das lutas sociais, das lutas de esquerda , que vamos denominar como: a tradição dos revolucionários. Tal tradição é um princípio de leitura que abrange diversos agentes e pode engendrar diversas interpretações em agentes que podem estar nos movimentos, mas também em outras posições. Essa tradição possibilita um impulso para a práxis política e, ao longo da história, foi sedimentando uma memória coletiva das lutas sociais e uma intelligenzia revolucionária. Assim, as manifestações coletivas são influenciadas por interpretações de elementos da cultura política, da citada tradição e da memória coletiva das lutas sociais, além da leitura da conjuntura política (em suas correlações de forças) que os fazem definir, contextualmente, as lutas possíveis. Para observamos essas articulações entre estado e as lutas por moradia serão analisados os discursos da política urbana (e habitacional) e da Reforma Urbana do Fórum Nacional de Reforma Urbana. Essas articulações vão estar presentes, no governo Lula, nas cenas políticas denominadas Conferências e Conselho Nacional das Cidades