Dosimetria e qualidade de imagem em mamografia digital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: XAVIER, Aline Carvalho da Silva
Orientador(a): KHOURY, Helen Jamil
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16624
Resumo: A mamografia é o método de diagnóstico mais eficaz na detecção precoce de doenças mamárias. Os sistemas digitais permitem obter radiografias com melhor qualidade de imagem, mas nem sempre estão associadas a protocolos de aquisição otimizados, resultando em doses absorvidas mais elevadas nas glândulas mamárias. Neste sentido, tornam-se pertinentes levantamentos dosimétricos e avaliações da proteção radiológica nas instituições que realizam mamografias. O presente trabalho tem como objetivo estimar a dose glandular média (DGM) em pacientes que realizaram mamografias em sistemas digitais de Recife, Brasil e avaliar a qualidade das imagens obtidas. Foram avaliados: um mamógrafo Siemens, modelo Mammomat 3000 Nova e leitora CR Carestream, modelo Kodak DirectView; dois mamógrafos digitais DR Lorad, modelo Hologic Selenia e um equipamento analógico (telafilme) Lorad M-IV com uma processadora de filmes Kodak, modelo X-Omat 2000. As DGMs foram estimadas a partir da metodologia descrita por Dance e colaboradores, em pacientes com idades entre 40 e 64 anos, com espessuras de mama comprimida que variaram entre 2 e 9 cm. Foram levadas em conta apenas as incidências de rotina (CCD, CCE, MLOD, MLOE). Ao todo, foram coletados os seguintes parâmetros de irradiação de 5200 mamografias: tensão (kV); carga (mAs); combinação anodo/filtro, bem como, a espessura da mama comprimida, força de compressão utilizada e idade da paciente. Em relação à qualidade da imagem, foram analisadas a função da transferência de modulação (MTF), a razão sinal-ruído (SNR) e a razão contraste-ruído (CNR) para diferentes espessuras de simuladores de mama, de acordo com o documento Humam Health Series 17, da Agência Internacional de Energia Atômica. Paralelamente, utilizando os mesmos critérios de avaliação, médicos radiologistas analisaram 50 imagens mamográficas. Os resultados mostraram que os valores das DGMs foram de: 2,70±0,50 mGy para o equipamento tela-filme, 3,91±0,72 mGy para o equipamento CR, 2,86±0,53 mGy para o DR1 e 3,83±0,70 mGy para o DR2. As espessuras médias das mamas foram, respectivamente: 4,82 cm; 6,73 cm; 6,02 cm; 6,11 cm. A força de compressão foi menor do que o indicado para os equipamentos digitais e maior para o tela-filme. Os valores de DGM obtidos com o simulador de mama foi menor que os obtidos para paciente com espessura de mama equivalente. O parâmetro SNR foi considerado adequado para todos os equipamentos. A razão contraste-ruído não foi satisfatória para mamas mais espessas, porém a DGM se mostrou bem abaixo do limite recomendado para este tipo de mama, fazendo-se necessário o ajuste no controle automático de exposição. A MTF foi satisfatória tanto para o equipamento CR quanto para o DR1. A avaliação das imagens clínicas identificou falhas no posicionamento, indicando a necessidade de treinamento para os operadores dos equipamentos de mamografia digital. De maneira geral, espera-se, com este estudo, despertar e educar os profissionais envolvidos sobre a importância dos conceitos de proteção radiológica em mamografias digitais.