Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
GUERRA, Jussara Galhardo Aguirros |
Orientador(a): |
ATHIAS, Renato Monteiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/802
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Resumo: |
Este estudo é resultado de sete anos de pesquisa realizada junto ao grupo familiar Mendonça do Amarelão, em João Câmara, interior do Estado do Rio Grande do Norte, quando foram registradas, a partir de trabalho de campo, informações relativas à história oral e à identidade social do grupo. O objetivo do presente estudo foi o de registrar e coletar informações da presença indígena no Estado potiguar a partir do referido grupo social, detalhando aspectos de sua trajetória histórica, dinâmica social e formas alternativas de sobrevivência em território potiguar. A pesquisa, aqui exposta, propôs, inicialmente, questionar as informações da historiografia oficial, confrontando-as com dados da história oral, que teve maior importância neste estudo. Ao mesmo tempo foi observada a carência de estudos indigenistas no Estado do Rio Grande do Norte, resultado do consenso de membros da elite intelectual e política cuja perspectiva desenvolvimentista, sustentou a idéia de aculturação , miscigenação e desaparecimento étnico dos grupos indígenas no Estado. A fundamentação teórica partiu dos estudos de M. Sahlins (1997;2003), Terence Turner (1979;1987) George Marcus (1991) no tocante à capacidade de ação histórica dos atores sociais e de reconstrução social, entendendo a cultura como um fenômeno reproduzido e alterado historicamente na ação. Os autores Poutignat, Streiff-Fenart (1998) e Barth (1998) propõem o rompimento com definições substancialistas a despeito da noção de grupos étnicos. Os estudos de Halbwachs (1990) e Pollak (1989; 1992) por sua vez, revelam a importância da memória social e da história oral no complexo entendimento da identidade social. A relevância de tal estudo se sustenta por se poder propiciar uma reflexão crítica da forma autoritária de pensamento, dando enfoque aos meios de sobrevivência e à agência histórica dos indígenas no Estado, que encontraram, por meio de migrações, novos espaços sociais para sua reprodução, a partir do que foi convencionado neste trabalho como lugaresrefúgio. A pesquisa verificou como o grupo familiar Mendonça se reproduziu em solo potiguar e como manteve sua diferenciação étnica, delimitando fronteiras e sentimento de pertença, mediante as interações sociais. Nesse sentido, subjacente ao nome Mendonça, se exprime uma identidade coletiva e se imprime uma forte conexão com os antecessores indígenas, balizando suas ações de forma peculiar e etnicamente diferenciada |