Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Cunha Barreto, Juliana |
Orientador(a): |
Pitta Pontual, Virgínia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3128
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Resumo: |
A partir de fins da década de 1970, no Brasil, foram recorrentes entre especialistas do campo da preservação do patrimônio os discursos que afirmavam o êxito da relação entre a salvaguarda patrimonial e a participação de moradores de sítios históricos tombados. Tais posicionamentos encontravam guarida no contexto político nacional, marcado pela transição entre o regime ditatorial e a redemocratização, mas também nas recomendações decorrentes das convenções de preservação do patrimônio e nos planos de revitalização e reabilitação de sítios históricos degradados, em que a experiência de Bolonha, na Itália, se destacou nesse foco de abordagem. No entanto, a insuficiência de pesquisas nessa direção despertou a investigação sobre tal relação de salvaguarda - participação. Não sem razão, a exploração documental desvelou o Sítio Histórico de Olinda como experiência de destaque no panorama latino-americano da preservação patrimonial, assim como o caráter associativo de seus moradores, tornando-se, então, objeto de estudo. Nesse sentido, o objetivo geral da pesquisa consiste em refletir sobre a relação da participação dos moradores do Sítio Histórico de Olinda na preservação, a fim de compreender em que medida essa participação assegurou, ou não, o processo de salvaguarda desse acervo cultural. Para a investigação, optou-se pelo diálogo nos campos do conhecimento da Conservação Urbana, onde se encontrou o panorama teórico e prático institucional da preservação do patrimônio, e da História, em que foram buscadas nos fatos do passado as explicações necessárias à compreensão do tempo presente, como disciplinas capazes de oferecer satisfatórios subsídios à investigação. A interpretação das fontes primárias e secundárias permitiu que fossem delimitados três recortes temporais. Foram eles o período situado entre 1964 e 1965, quando da ocorrência do Movimento da Ribeira; o período de 1979 a 1981, quando da reverberação de movimentos e campanhas de moradores locais voltados para a preservação dos valores do sítio histórico integrada a melhorias da qualidade de vida e, por fim, o período compreendido entre 1984 e 1992, quando emergiu uma outra mobilização de moradores locais, perseguindo as mesmas causas preservacionistas. Nesse contexto, a ênfase foi dada à criação de cooperativas e associações de moradores e de artistas plásticos empenhadas na formalização dos movimentos então identificados e no alcance dos interesses comuns direcionados para a preservação do sítio e para as boas condições de habitabilidade. Entre as inferências da presente pesquisa, foi verificado que a participação desses moradores proporcionou relevantes contribuições para a preservação patrimonial; entretanto, não foi suficiente para garantir a efetiva salvaguarda do acervo cultural em questão |