Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Sandro do Nascimento |
Orientador(a): |
CORREIA, Maria Tereza dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26463
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Resumo: |
Lectinas são proteínas de origem não imunológica que se ligam de forma específica e reversível a carboidratos. Alpinia zerumbet é uma planta ornamental utilizada na medicina popular de modo muito abrangente para tratamento de enfermidades como inflamações, febre e gripe. Neste trabalho lectinas foram extraídas e purificadas a partir de folhas (AzeLL, do inglês A. zerumbet leaf lectin) e flores (AzeFL, do inglês A. zerumbet flower lectin) de A. zerumbet e avaliadas quanto à atividade antibacteriana contra Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae e Shigella sonnei através da determinação de concentrações mínima inibitória (CMI) e mínima bactericida (CMB), bem como a atividade termiticida contra operários e soldados da espécie Nasutitermes corniger. Extratos em solução salina e tampões com diferentes valores de pH foram preparados. Os extratos em citrato-fosfato 0,1 M pH 7,0 mostraram maior atividade hemaglutinante específica e foram chamados então de extrato de folha (LE, do inglês leaf extract) e extrato de flor (FE, do inglês flower extract). As atividades hemaglutinantes de LE e FE foram inibidas por N-acetilglicosamina. Fracionamento salino utilizando sulfato de amônio não resultou em preparações enriquecidas em lectina. Sendo assim, LE e FE foram cromatografados em colunas de quitina. Os picos proteicos adsorvidos e eluídos com ácido acético 1,0 M foram dialisados e denominados AzeLL e AzeFL, que apresentaram atividade hemaglutinante específica de 640 e 984,6, respectivamente. FE e AzeFL perderam completamente a atividade hemaglutinante após aquecimento a 70 °C por 30 min, enquanto o LE perdeu a sua atividade apenas após aquecimento a 100 °C e AzeLL após aquecimento a 80 °C. LE inibiu o crescimento de E. coli, P. aeruginosa e S. sonnei (CMI de 1235 μg/ml de proteínas para todas as bactérias) e FE inibiu P. aeruginosa e S. sonnei (CMI de 1135 μg/ml de proteínas para ambas). AzeLL só foi capaz de inibir o crescimento de K. pneumoniae (CMI: 970 μg/mL), enquanto AzeFL inibiu apenas S. sonnei (CMI: 820 μg/mL). Os extratos, AzeLL e AzeFL agiram apenas como agentes bacteriostáticos. No ensaio termiticida, a morte de todos os operários mantidos em contato com LE, FE, AzeLL e AzeFL ocorreu em cerca de 3-6 dias, mais cedo que no controle (taxa de mortalidade de 100% após 9 dias). No entanto, não houve diferenças significativas (p> 0,05) entre as curvas de sobrevivência dos operários estabelecidas para o controle e as amostras em todas as concentrações testadas. Por outro lado, LE (0,5 e 1,0 mg/mL de proteínas) FE , AzeLL e AzeFL (0,0625–1,0 mg/mL) induziram significativamente (p<0,05) a morte dos soldados de N. corniger. Em conclusão, AzeLL e AzeFL foram purificadas a partir de cromatografia em coluna de quitina, apresentaram relativa termoestabilidade, foram eficientes em inibir o crescimento das bactérias K. pneumoniae e S. sonnei, respectivamente, e são agentes termiticidas contra soldados de N. corniger. |