Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
LIRA, Magadã Marinho Rocha de |
Orientador(a): |
TEIXEIRA, Francimar Martins |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24922
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Resumo: |
O ensino de ciências naturais nos anos iniciais do Ensino Fundamental apresenta-se como contexto investigativo desta pesquisa, que tem como objetivo principal entender como ocorre a construção de Argumentos Persuasivos no Discurso Científico produzido nas aulas de ciências em duas turmas do 5.º ano do Ensino Fundamental. Desprendendo interesse a respeito da construção dos conhecimentos científicos na escola, entendemos que o saber da ciência sofre adaptações quando veiculado em sala de aula e a argumentação se apresenta como uma prática indispensável ao processo de produção de sentidos e promoção do engajamento dos estudantes no discurso científico próprio da linguagem social da ciência escolar, possibilitando o desenvolvimento de habilidades cognitivas e operacionais que favoreçam um pensar, falar e atuar coerentemente em outras esferas sociais mediante perspectiva do saber científico. Neste intuito, desenvolvemos um estudo de caso em uma abordagem qualitativa e analisamos o discurso argumentativo estabelecido nas aulas de ciências de duas turmas do 5.º ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal sob responsabilidade do mesmo professor, enfocando as interações enunciativas produzidas em sala de aula de acordo com a premissa defendida por Goulart que Enunciar é Argumentar. Assumimos a perspectiva bakhtiniana de enunciação pela sua dimensão de comunicação, interação e manifestação social e compreendemos a argumentação na realização do encontro intelectual entre os interlocutores mediante definição de Perelman e Olbrechts-Tyteca, reconhecendo a persuasão na constituição do discurso argumentativo materializado em sala de aula pela concordância entre os saberes apresentados por meio de uma condução sensível e subjetiva do pensamento, buscando a conquista de um auditório particular. Na construção do nosso corpus empírico, três aulas da turma A e quatro aulas da turma B foram observadas, videogravadas, transcritas e analisadas. Partindo da concepção teórica construída, identificamos a existência da argumentação nas aulas de ciências, caracterizando-a pelo viés do convencimento ou da persuasão. Posteriormente destacamos turnos enunciativos na condução do discurso argumentativo desenvolvido por meio de 12 estratégias discursivas listadas como promotoras da argumentatividade do discurso em sala de aula, emergentes na classificação de 3 categorias de análise: Proposição de Estratégias Didáticas; Tradução da Linguagem Científica; Expressão da Autoridade do Professor. Verificamos a ocorrência da argumentação pela persuasão realizada intencionalmente pelo professor a fim de assegurar a aceitação dos estudantes a determinadas ideias e proposições consonantes com as intenções transmitidas pelo discurso científico escolar, havendo, nesses momentos, uma condução discursiva em uma intuição sensível vinculada ao apelo emotivo, compreendendo o ensino de ciências como um processo de produção de sentidos na construção do saber científico escolar. Defendemos a tese de que o desenvolvimento de um discurso argumentativo conduzido pela persuasão favorece a construção de conhecimentos científicos nas aulas de ciências do 5.º ano do Ensino Fundamental. |