Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
ALENCAR, Viviane do Nascimento e Silva |
Orientador(a): |
LEITE, Ana Cristina Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51781
|
Resumo: |
A trombose se destaca como a principal causa subjacente do infarto agudo do miocárdio, do acidente vascular cerebral e do tromboembolismo venoso. É caracterizada pela formação ou desenvolvimento de um coágulo sanguíneo responsável por causar a obstrução e inflamação na parede do vaso. Proteases com atividades fibrinolíticas atuam na dissolução desses coágulos sanguíneos a partir da “quebra”, por hidrólise, da molécula de fibrina. Devido a esse potencial das enzimas fibrinolíticas, essas se tornaram alvos de diversas pesquisas. As enzimas de origem microbianas se tornam muito interessantes, já que proporcionam fácil manuseio, produtividade alta e menor custo de produção. O objetivo deste trabalho foi a produção, purificação, caracterização e avaliação do potencial fibrinolítico das proteases produzidas por Streptomyces parvulus DPUA 1573 e produção e purificação das proteases produzidas Aspergillus tamarii kita UCP 1279. A enzima fibrinolítica obtida do Streptomyces parvulus DPUA 1573 foi produzida por fermentação submersa utilizando farinha de maracujá à 0,5% como substrato, sendo verificado uma atividade proteásica de 33,70 U/mL e uma atividade fibrinolítica de 11,49 U/mL. A mesma enzima foi extraída utilizando o sistema de duas fases aquosas (SDFA) PEG/Fosfato obtendo-se a melhor condição de extração com 17,5% de PEG 8000 g/mol, 15% de Fosfato (p/p) e pH 8,0. Nessa condição, a enzima particionou para a fase rica em PEG, tendo um coeficiente de partição de 7,33, um fator de purificação na fase PEG de 2,10 e uma recuperação de 57,49%. Já a enzima fibrinolítica obtida do Aspergillus tamarii Kita UCP1279 foi produzida por fermentação em estado sólido utilizando 5g de farelo de trigo umedecido à 40%, sendo verificado uma atividade proteásica de 47,26 U/mL e uma atividade fibrinolítica de 25,49 U/mL. A enzima também foi extraída utilizando o SDFA PEG/Fosfato obtendo-se a melhor condição de extração com 12,5% de PEG 8000 g/mol, 15% de Fosfato (p/p) e pH 8,0. Nesta condição, a enzima particionou para a fase rica em sal, apresentando um coeficiente de partição de 0,06, um fator de purificação na fase Sal de 14,1 e uma recuperação de 487,2%. Quanto a caracterização bioquímica da protease fibrinolítica pré-purificada do Streptomyces parvulus DPUA 1573, verificou-se um aumento da atividade enzimática na presença de Fe2+ e diminuição na presença de β- Mercaptoetanol, fluoreto de fenilmetilsulfonila e ácido iodoacético, sendo caracterizada como uma serinoprotease. O pH ótimo foi de 7,0 e a temperatura ótima de 40 oC. Os achados da pesquisa evidenciam o potencial dos microrganismos Streptomyces parvulus DPUA 1573 e Aspergillus tamarii Kita UCP1279 para a produção de enzimas fibrinolíticas, com possível aplicação para o tratamento da trombose, entretanto é necessário ainda a realização de estudos futuros visando suas aplicações in vivo. |