Morfologia de praias protegidas por recifes : implicações para o gerenciamento costeiro
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Oceanografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47058 |
Resumo: | Praias protegidas por recifes estão presentes em grande parte do litoral nordeste brasileiro, em especial no litoral sul de Pernambuco, onde se encontra o município de Tamandaré, área de estudo desta dissertação. Dito isso, este trabalho foi dividido em dois capítulos, cujo primeiro tem como objetivo geral avaliar as variações espaciais e temporais da linha de costa entre 2003-2020, a partir da utilização do DSAS como subsídio para o gerenciamento costeiro, enquanto o segundo está focado na ideia de explicar variações espaciais morfológicas na região, a partir de uma análise conjunta entre RPAS e GNSS, associada ao uso estatístico e ao de SIG. Ambos têm como ideia central a diferenciação entre os ambientes de pontais/trechos protegidos (headland beaches) e baías/trechos expostos (embayed beaches). Os resultados do primeiro capítulo mostram que o trecho protegido ao sul apresenta somente taxas de erosão, com média geral de -1,46 m/a, o que ressalta a influência do dinamismo do Rio Mamucabas; o trecho exposto (Baía de Tamandaré) apresenta taxas de erosão ao sul (-1,62 m/a) e progradantes ao norte, (0,49 m/a), sendo classificada, portanto, como instável; e, por fim, o trecho protegido urbanizado apresentou-se como o mais heterogêneo, com as médias de acreção, avanço, erosão e recuo na ordem de 0,39 m/a, 0,22 m/a, -0,10 m/a e -0,09 m/a, respectivamente. Percebeu-se, dessa forma, que as taxas de variação da LC estão intrinsecamente relacionadas à presença dos recifes e suas implicações (ex: processos de refração e difração), das construções próximas ou sobre a LC, especialmente no trecho protegido urbanizado. Os resultados do segundo capítulo, por sua vez, exibem que os perfis topográficos diferem entre os trechos, em que no exposto os perfis são mais inclinados do que no protegido, sendo os deste último, ainda, mais aplainados e rebaixados. Ademais, foi comum a presença de cúspides na região central da baía, além da presença de cordões de restingas, enquanto no trecho protegido estas feições foram incipientes ou isoladas, tendo apenas a presença de escarpas erosivas de forma comum. Por meio da análise estatística, foi possível identificar 4 grupos, sendo dois deles tipicamente de trechos expostos e protegidos, o que está relacionado, dessa forma, às diferenças morfológicas entre os trechos, ocasionadas, sobretudo, pela presença dos recifes costeiros (sua forma e os processos associados) e por intervenções antrópicas, como as construções. Dessa forma, o conjunto de dados dessa dissertação inova no sentido de explicar as variações da linha de costa e os processos morfológicos associados às praias protegidas por recifes, uma lacuna ainda existente em âmbito nacional. Por fim, os dados discutidos podem ser utilizados para a tomada de decisão no que concerne ao gerenciamento costeiro e áreas protegidas, ressaltando assim, a importância desse conjunto de dados aplicados à legislação ambiental vigente. |