Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Maelyson Rolim Fonseca dos |
Orientador(a): |
GOMES, Marcelo Andrade de Filgueiras |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Fisica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41636
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Resumo: |
O surgimento da linguagem, ocorrido antes do êxodo africano, é possivelmente a transição mais significativa na evolução dos hominídeos. No último século tem sido observada a crescente extinção de idiomas, representando não apenas uma redução no repertório de visões de mundo, mas também uma redução do conhecimento biológico, ecológico, geográfico e tecnológico. Nas últimas décadas, a expansão dos bancos de dados sobre idiomas foi acompanhada por um correspondente número de estudos estatísticos, propostas de modelos e simulações computacionais da dinâmica da linguagem. Nesta tese, fazendo uso de ferramentas provenientes da física estatística de sistemas complexos, são investigados padrões da atual distribuição linguística na Terra. Utilizando registros relativos a mais de sete mil idiomas, são apresentadas leis de escala alométricas entre a diversidade linguística e os tamanhos geográfico, demográfico e econômico dos países. Em seguida é discutido um modelo fractal que justifica o expoente z = 1/3 da lei de escala observada entre a diversidade linguística e a área. Em outro capítulo, um modelo heurístico simples, que emerge de um tipo de estrutura variacional, sugere, a partir de um princípio de maximização, que a relação entre a diversidade linguística e a área dos países deve ser caracterizada por um expoente algo maior. Este último modelo reproduz a lei de escala observada hoje na Terra para os cento e quarenta e sete maiores países. Ulteriormente, a relação entre diversidade linguística e área é examinada através de um modelo termodinâmico de campo médio com forças entrópicas e de auto-exclusão. É exposto que este modelo concorda com os dados empíricos que mostram a diminuição da diversidade linguística com o aumento da latitude e fornece ainda uma base para entender cenários futuros de perda da diversidade linguística. A partir de processos de classificação e ordenamento, são apresentadas funções hiperbólicas associadas à parâmetros linguísticos, econômicos, geográficos e demográficos dos países. As distribuições acumuladas de idiomas bem como de grupos étnicos em função da população são apresentadas e são investigadas as leis de escala emergentes da classificação das famílias linguísticas segundo o número de idiomas e o número de falantes. Por fim, é analisada a distribuição de tamanhos de idiomas das catorze maiores famílias linguísticas contemporâneas. |