Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Guerra De Almeida Teixeira, Denise |
Orientador(a): |
Marcuschi, Elizabeth |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7484
|
Resumo: |
Este trabalho apresenta uma análise qualitativa de questões relacionadas ao tratamento do léxico no processo de ensino-aprendizagem de língua materna na perspectiva sociocognitivista dos estudos lingüísticos apresentada por Mondada & D. Dubois (1995/2003), Mondada (1997), Marcuschi & Koch (1998), Marcuschi (2004, 2007) e Koch (2005c). A pesquisa tem como foco a investigação dos processos de categorização, fenômeno lingüístico que configura nominalmente as entidades do discurso, e seu papel na constituição da rede referencial do texto em livros didáticos de língua portuguesa destinados à 8.ª Série (nono ano) do ensino fundamental aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD/2008). É através da atividade de categorização que o sujeito caracteriza, descreve, justifica e compreende os fenômenos da vida cotidiana, criando objetos discursivos no decorrer da interação linguística que não estão disponíveis como categorias únicas e prontas para serem utilizadas. E, na medida em que ocorre o desenvolvimento temporal da progressão discursiva, o sujeito realiza constantes seleções lexicais de modo a adequar o que pretende dizer sobre o referente e a situação. De acordo com essa perspectiva, o processo de ensinoaprendizagem de itens lexicais não deve ser concebido no interior de um modelo de correspondência entre as palavras do discurso e os objetos do mundo, tendo em vista que as categorias e os objetos de discurso utilizados para descrever o mundo não são nem preexistentes nem dados, mas resultado de um processo dinâmico e, sobretudo, intersubjetivo, que se estabelece através de práticas discursivas e cognitivas social e culturalmente situadas. Dito de outra forma, nossos discursos são versões públicas do mundo, suscetíveis de se transformar no curso dos desenvolvimentos discursivos, de acordos e desacordos entre os interlocutores e não numa presumida relação objetiva e direta com um mundo exterior. Assim, o ensino do léxico deveria levar em conta a palavra inserida no tecido do texto e relacionada ao discurso no qual aparece, produzindo efeitos de sentidos geradores de críticas, ironias, ambiguidades, estereótipos, entre outros. O estudo mostrou que as atividades que exploram o fenômeno da categorização no LDP, embora ainda se apresentem em número insuficiente, contribuem de forma significativa para a compreensão global do texto, propiciando a comparação e articulação de informações, a elaboração de inferências quanto a elementos e inter-relações implícitas e o emprego produtivo do vocabulário |