Nanoblendas poliméricas eletrofiadas contendo Aloe vera para o tratamento de feridas cutâneas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Glícia Maria de
Orientador(a): ANDRADE, César Augusto Souza de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40789
Resumo: O tratamento atual de feridas dispõe de coberturas especias que apresentam um elevado custo e, às vezes, eficácia duvidosa. Tal situação impulsiona o desenvolvimento de biomateriais inovadores para a área de engenharia de tecidos, como curativos, cuja formação compreende polímeros sintéticos como o poli (vinil álcool) ou naturais como a celulose. Esses polímeros apresentam propriedades terapêuticas comprovadas, associados a técnica eletrofiação, permite a formação de matrizes poliméricas, com formação estrutural que simula a matriz extracelular (MEC) e auxilia na migração e proliferação de células para uma cicatrização mais efetiva. Estes curativos podem ser funcionalizados com extrato de Aloe vera (AV) que possui biomoléculas cicatrizantes que otimizam o processo de reintegração da pele. Esta pesquisa teve como objetivo o desenvolvimento de nanoblendas poliméricas eletrofiadas contendo Aloe vera (AV) para o tratamento de feridas cutâneas. Para a obtenção de sistemas de liberação estáveis foram sintetizadas nanofibras em diferentes concentrações de polivinil álcool, biopolímero celulósico e Aloe vera. A caracterização morfológica das amostras foi realizada através de microscopia eletrônica de varredura. Os modos vibracionais da estrutura molecular foram avaliados por espectroscopia de absorção na faixa do infravermelho com transformada de Fourier. Foram realizados ensaios de tração para a caracterização mecânica do material. As análises morfológicas revelaram a presença de fibras com distribuição homogênea na superfície, sendo um resultado satisfatório para aplicação na engenharia de tecidos. Os espectros de infravermelho demonstraram características de um polissacarídeo onde o pico foi de 1.165 cm⁻¹ que indica a presença de ligações C-O-C entre os carboidratos que formam o polímero. O pico de 1.560 cm⁻¹ é atribuído ao grupo amino presente na AV. Os termogramas obtidos pela Calorímetria Exploratória Diferencial (DSC) mostraram padrões térmicos semelhantes que indicam a incoporação dos compostos nas nanofibras. A caracterização mecânica das nanofibras apresentou um coeficiente de 2.837 MegaPascals (MPa) para a fibra PVA 8% e 2.560 MPa para a fibra PVA11% + CBP + AV. Foram obtidas nanofibras com morfologia adequada para a migração e proliferação de células, podendo ser úteis como curativos. As nanofibras obtidas são inovadoras, uma vez que associadas a bionanotecnologia, técnicas modernas e produtos naturais, possuem características morfológicas e físico-químicas podendo ser úteis como curativos e apresentando menores custos.