O Bullying nas Revistas: a representação social do bullying em Veja e Isto É de 2001 a 2012

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ALBUQUERQUE, Florrie Fernandes
Orientador(a): CAVALCANTE, Tícia Cassiany Ferro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15042
Resumo: O presente trabalho teve por objetivo investigar as representações sociais do bullying na mídia, especificamente nas matérias de duas revistas de grande circulação nacional - Isto É e Veja. Este trabalho surge a partir da experiência profissional na área de Educação, cenário frequente de identificação do fenômeno e de uso constante do termo bullying. No contato direto com a comunidade educativa e seus discursos sobre o bullying, foi possível perceber que para propagação do termo bullying, a mídia impressa representou um importante papel. Constituiu-se em uma investigação que fez uso dos recursos teórico-metodológicos da Teoria das Representações Sociais, dentro da perspectiva da dialogiciadade. Trata-se de uma pesquisa documental, que para a construção dos dados, foram reunidas as matérias (físicas), disponibilizadas virtualmente, das revistas Veja e Isto é, que faziam uso do termo bullying. Foram um total de 40 matérias, sendo 19 da revista Veja e 21 da Revista Isto é. Optamos por uma análise plurimetodológica, que reúne os métodos qualitativo e quantitativo. No delineamento metodológico, foram utilizados a Análise de Conteúdo de Bardin (1977/2012), enquanto análise temática, juntamente com o programa ALCESTE (análise lexical). A análise temática, recurso da Análise de Conteúdo, gerou seis categorias. Na análise lexical foram formadas cinco classes divididas em 3 eixos, dados que foram cruzados para a investigação mais aprofundada das representações. Os resultados evidenciaram que, embora o bullying esteja pautado na dicotomia vítima-agressor, a perspectiva da vítima tem sido muito mais explorada. Identificamos ainda que massacre, tragédia e chacina também comtempla uma forte representação do fenômeno. Além disso, percebemos uma disputa de campo conceitual entre o bullying e o assédio moral, que passam a descaracterizar o bullying enquanto fenômeno próprio do ambiente escolar. A presente pesquisa representa apenas uma possibilidade de estudo sobre a temática, observando que os estudos do bullying ainda necessitam de maiores reflexões, tendo apenas iniciado seu percurso científico. Ficamos na esperança de que esse trabalho contribua para as discussões futuras sobre o fenômeno.