Elasticidades de curto e longo prazos da demanda por álcool hidratado no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Pontes, André Pimentel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4017
Resumo: A partir de março de 2003, com o lançamento dos automóveis flex fuel, o consumo de álcool hidratado voltou a crescer fortemente no Brasil. O processo de escolha do consumidor detentor dessa tecnologia, que permite a utilização de álcool hidratado, gasolina ou qualquer proporção de mistura entre os dois em um mesmo tanque de combustível, passa a ter como principal variável o preço dos combustíveis (álcool hidratado e gasolina C) ajustado pelo seu rendimento no motor. Diante desse fato, o objetivo da presente dissertação é analisar a evolução da demanda por álcool hidratado no âmbito nacional a partir de um modelo econômico que relaciona consumo e preço do álcool e da gasolina e renda. Pretende-se ainda avaliar o grau de substituição entre álcool e gasolina, principalmente após o surgimento dos veículos bicombustíveis, preenchendo a lacuna de estudos sobre as elasticidades do álcool combustível. Com o intuito de alcançar o objetivo acima descrito serão estimadas a função demanda por álcool hidratado no Brasil e suas elasticidades preço, renda e preço cruzada em relação à gasolina para o período pós-liberalização de preços, de julho de 2001 a outubro de 2008, utilizando o método de cointegração e o modelo de correção de erros. Os resultados obtidos indicam que no curto prazo a demanda por álcool hidratado é inelástica a mudanças no preço, dado que um aumento de 1% nessa variável resulta em uma diminuição da ordem de 0,75% no consumo de álcool. No longo prazo, conforme esperado, a elasticidade preço obtida apresentou-se mais elevada (-0,93). Também foi estimado o coeficiente de uma variável binária associada ao preço do álcool, incluída no modelo com o objetivo de capturar os impactos da entrada do flex fuel sobre a curva de demanda por álcool. Esta variável binária apresentou-se com um coeficiente de aproximadamente -0,26. Isto significa que houve uma mudança na elasticidade-preço da demanda por álcool, que se tornou mais elástica, saindo de -0,93 para -1,19. No que se refere à elasticidade renda da demanda, o consumo de álcool combustível é elástico a mudanças na renda real, tanto no curto como no longo prazo. Já o resultado da elasticidade preço cruzada do álcool em relação à gasolina mostra que os dois combustíveis são substitutos imperfeitos no curto prazo (0,87) e mais que perfeitos no longo prazo (1,37). Além disso, o modelo de correção de erros indicou que o consumo de álcool se ajusta em direção ao seu equilíbrio de longo prazo com cerca de 54% do ajuste ocorrendo no primeiro período