Fenologia, síndromes de polinização e diversidade funcional de uma comunidade vegetacional no Parque Nacional do Catimbau, Buíque, Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: COSTA, Ana Carolina Galindo da
Orientador(a): MACHADO, Isabel Cristina Sobreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27497
Resumo: Estudos que abrangem fenologia reprodutiva, síndromes de polinização e a diversidade funcional auxiliam no entendimento da dinâmica dos ecossistemas, dando suporte para estudos de planos de manejo e conservação. Além disso, análises de distribuição de recursos que levam em consideração as síndromes de polinização permitem entender se a distribuição desses possibilita a manutenção dos grupos funcionais de polinizadores. Portanto, este estudo analisou os atributos florais, sistemas sexuais, síndromes de polinização e diversidade funcional, a fim de caracterizar a comunidade vegetacional do local de estudo, o Parque Nacional do Catimbau, e compará-lo a outros ecossistemas, além de verificar a distribuição de recursos e síndromes de polinização. As frequências dos atributos florais, tais como alta frequência de flores do tipo tubo (28.09%), com simetria actinomorfa (70.78%), cor esverdeada (29.22) e lilás/violeta (21.35%), tamanho pequeno (40.45%), unidade de polinização individual (73.84%), néctar como recurso (79.78%) e sistema sexual hermafrodita (84,27%), foram semelhantes a diversos ecossistemas tropicais. A melitofilia foi a síndrome de polinização mais frequente (39.32%). Outra síndrome bastante frequente foi à generalista (21.35%), havendo um equilíbrio na proporção das demais síndromes, tornando a equabilidade maior em comparação aos outros sistemas ecológicos. Mais de 90% do total das espécies, em que foi possível obter dados sobre os polinizadores, tiveram confirmação de que o principal polinizador corresponde àquele predito pela síndrome. Néctar, pólen e óleo foram recursos disponíveis de forma ininterrupta aos animais polinizadores nas estações seca e chuvosa. Espécies com a síndrome de melitofilia, predominante em todos os meses de estudo, e demais síndromes estiveram presente durante todo o período de estudo, com exceção das espécies cantarófilas e esfingófilas. Essa distribuição dos recursos e síndromes permite a manutenção dos animais polinizadores ao longo do ano. O local de estudo apresentou a alta riqueza, alta equabilidade e alta diversidade funcional, semelhante ao Cerrado, sem diferenças significativas entre o período chuvoso e seco. Essa alta diversidade funcional pode permitir a manutenção de uma grande diversidade de polinizadores, sendo necessária a conservação desta área para manutenção dos processos ecológicos.