Avaliação fitoquímica e hepatotóxica do extrato etanólico dos frutos de Morinda citrifolia Linn. em modelos experimentais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ARRUDA, Marília Gabriela Muniz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Morfotecnologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37932
Resumo: O Brasil é considerado o maior representante em Biodiversidade do mundo. Entre as espécies botânicas encontradas no país, muitas são compostas por metabólicos com propriedades bioativas comumente utilizadas na medicina popular, para tratamento ou cura de algumas doenças. Nota-se que nos últimos anos houve um aumento significativo no interesse de indústrias farmacêuticas na produção de novos fármacos, a partir de pesquisas com plantas medicinais que apresentam resultados promissores no campo da Saúde Humana. Entre as espécies que vem sendo utilizadas, Morinda citrifolia Linn. conhecida popularmente como “noni”, embora seja uma planta nativa do Sudeste da Ásia, é bastante adaptada ao território brasileiro, distribuída em diversas partes do país, principalmente na região Nordeste. Utilizada para tratamento de algumas doenças como diabetes, hipertensão, artrite, antimicrobiano, anti-inflamatório, antioxidante, entre outros. O presente estudo investigou o efeito hepatotóxico do extrato etanólico de Morinda citrifolia em camundongos Swiss, com o objetivo de contribuir com investigações futuras que busquem o potencial biológico da referida espécie botânica. Para os ensaios, os frutos frescos foram coletados no município de Limoeiro – PE. Após a coleta foram lavados, descascados, fatiados e triturados junto as sementes para a obtenção do extrato etanólico bruto de Morinda citrifolia. O perfil Fitoquímico foi realizado a partir da Cromatografia em Camada Delgada (CCD), onde foram encontrados como metabólicos, alcaloides, antraquinonas, derivados Antracênicos, mono, sesqui e diterpenos. Posteriormente foi realizado a citotoxicidade do extrato utilizando Artemia salina, onde foi comprovado que o extrato nas concentrações de 1500, 750, 500, 250 e 125 μg/mL, teve uma CL₅₀ > que 1085,6 μg/mL, na avaliação da citotoxicidade em linhagem celular RAW 264.7, foi comprovado que o extrato etanólico teve uma CC50 > 200 μg/mL, na avaliação da toxicidade realizado através de Biomphalaria glabrata, o extrato etanólico do “noni” não foi tóxico em nenhuma das concentrações testadas. A Toxicidade Aguda seguiu a OECD 423, o teste foi realizado com camundongos Swiss, os animais foram observados durante 14 dias, com peso, água e ração controlada, no 15º dia os animais foram anestesiados e realizado a punção cardíaca para os parâmetros hematológico e bioquímicos. O teste de Hepatotoxicidade foi realizado com camundongos Swiss, teve duração de 10 dias, onde foram administrados salina, paracetamol e extrato etanólico de M. citrifolia durante 8 dias, no 10º dia os animais foram anestesiados, realizado punção cardíaca para avaliação dos parâmetros hematológicos e bioquímicos, eutanasiados e realizado a retirado dos órgãos para análise histopatológica. Os resultados encontrados à partir dos experimentos realizados demonstraram que o extrato etanólico de M. citrifolia não apresentou toxicidade estatisticamente significativa nas doses e concentrações testadas.