Ações didáticas para o ensino da escrita nos anos iniciais: o uso das sequências do IQE
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25359 |
Resumo: | Esta dissertação tem como objetivo geral compreender, a partir de uma perspectiva dialógica de base bakhtiniana, as ações didáticas de uma docente do 4º ano do Ensino Fundamental e os possíveis diálogos travados por ela no uso de sequências de atividades para o ensino de produção textual, propostas pelo Instituto Qualidade no Ensino (IQE). Buscamos ainda observar, no cotidiano escolar, a utilização de dois artefatos didáticos do IQE no ensino da produção textual; refletir sobre as ações responsivas realizadas pela docente ao didatizá-los e construir o seu projeto didático autoral para o ensino de produção textual; bem como, identificar as concepções de língua e de ensino da escrita que norteiem a elaboração das sequências de atividades do Instituto e a prática pedagógica da professora participante. Para dar conta desses objetivos e melhor empreendermos as análises, recorremos a uma abordagem qualitativa, de natureza descritiva, interpretativista e documental. Para tal, utilizamosdistintos procedimentos e instrumentos para a geração dos fenômenos discursivos: observação de uma turma do 4º ano do Ensino Fundamental, em uma escola municipal do Estado de Pernambuco em que o IQE atuava, no ano de 2015; entrevista semiestruturada com a professora e com a coordenadora responsável pelo programa no munícipio; e notas de observação de campo. Para fundamentarmos nossas reflexões, trouxemos para o debate, conceitos teórico-metodológicos sobre sequências didáticas da Escola de Genebra ([2001] 2004; [1997] 2004; [1996] 2004; 2015; 2016); e sobre produção textual, com base em Geraldi ([1984] 2003, [1991] 2003, 2010), e em outras vozes conceituais, sob um viés dialógico e interacionista, como Soares (2001), Bonini (2002), Azevedo e Tardelli ([1997] 2004), Menegassi (2011), Leite (2012), entre outras. A partir das discussões geradas por esses aportes teóricos, como resultado do estudo, verificamos que apesar das sequências assumirem uma concepção de ensino e de escrita mais próxima do limiar interacionista, prevendo inclusive estratégias de escrita que direcionem a uma relação interlocutiva, a professora não se limitou meramente a repetir o que ‘orientavam’ as prescrições de uso (MATÊNCIO, 1998). Em favor do seu projeto didático autoral (BUNZEN, 2009) para o ensino textual, ela demonstrou uma atitude mais semelhante ao sujeito ativo bakhtiniano. Contudo, por meio das concordâncias, das ampliações ou das discordâncias sobre o discurso alheio, representado no protagonismo docente, notamos que a ação didática sedimenta práticas que transitam entre as noções interacionistas e o subjetivismo idealista - o que acaba por tecer o seu discurso didático com os fios tanto da inovação quanto do retorno a práticas tradicionais de ensino da escrita. |