Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Rayza Helen Graciano dos |
Orientador(a): |
CORREIA, Maria Tereza dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39443
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Resumo: |
Inúmeros estudos vêm demonstrando a potencialidade e a eficácia das plantas medicinais no combate a diversas doenças, entretanto existem sérios problemas em relação ao uso indiscriminado de produtos de origem vegetal. Considerando o potencial biotecnológico dos óleos vegetais, neste estudo foi avaliado o potencial bioativo do óleo essencial de Calyptranthes dardanoi (Myrtaceae) quanto à toxicidade, potencial antioxidante e anti-inflamatório. O óleo essencial (OE) das folhas de C. dardanoi oriundos da Unisa São José – Igarassu/ PE - Floresta Atlântica (FA) e Parque Nacional Vale do Catimbau – Buíque/PE - Caatinga (CA) foi obtido por hidrodestilação e analisado por cromatografia gasosa acoplado a espectrometria de massas. O potencial antioxidante foi avaliado pelo método Método de Fosfomolibdênio ou Atividade Antioxidante Total (AAT%). O potencial anti-inflamatório foi avaliado a partir de modelos experimentais de inflamação aguda em camundongos, edema de pata induzido por carragenina e peritonite aguda induzida por carragenina. E para a avaliação da segurança do uso, foi utilizado o ensaio de toxicidade aguda e atividade hemolítica. Os resultados demosntram que o rendimento percentual médio do óleo essencial foliar da espécie apresentou diferença significativa quanto ao ao local de coleta (0,23% Floresta Atlântica e 0,33% Caatinga, respectivamente). Os componentes majoritários do óleo essencial extraído das folhas coletadas na Floresta Atlântica foram: (E) -Cariofileno (47,80%), Germacreno-D (10,07%) e α-Humuleno (9,09%). Enquanto que o óleo obtido da espécie coletada na Caatinga apresentou como componentes majoritários: (E) -Cariofileno (15,59%), cis-calameneno (11,40%), Germacreno-D (10,22%) e α-Humuleno (9,86%). O óleo essencial demonstra ser uma fonta promissora de compostos com potencial antioxidante, apresentando capacidade antioxidante total maior que o ácido ascórbico (100%). Os óleos essenciais de FA e CA não apresentaram toxicidade aguda (2000 mg/Kg) e nem citotoxicidade a nível de membranas dos eritrócitos, além disso, não foram observadas alterações nas análises bioquímicas, hematológicas e histopatológicas. No teste de edema de pata, foi observada uma diminuição significativa (67,42% FA e 69,06% CA, respectivamente) na maior concentração testada (200 mg/Kg) em relação ao grupo tratado com veículo. No modelo de peritonite aguda foi observado que o óleo essencial apresentou uma redução na expressão do TNF-α de 48,44% FA e 45,59% CA na concentração de 200 mg/Kg e a droga controle indometacina reduziu 66,35% a expressão do TNF-α induzida por carragenina para a cavidade peritoneal. Os resultados sugeriram o OE de C. dardanoi como uma fonte promissora de constituinte antioxidante, anti inflamatório e não tóxico. Diante disso, a fração da planta pode ser de interesse na pesquisa de novas de moléculas que apresentam o estresse oxidativo e processo inflamatório como fenomenologia básica podendo ser aplicado na indústria farmacêutica. |