Estudos tecnológicos aplicados à padronização de extratos secos de Myracrodruon urundeuva Allemão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: LEITE, Renata da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23994
Resumo: O uso de metodologias analíticas validadas é fundamental na obtenção de extratos vegetais padronizados que assegurem a produção de fitoterápicos com a devida qualidade tecnológica, segurança e eficácia terapêutica. A Myracrodruon urundeuva Allemão é uma espécie nativa do Brasil que têm mostrado atividades antiulcerogênica, anti-inflamatória, antibacteriana, neuroprotetora, cicatrizante, antihistamínica, e analgésica. Estudos fitoquímicos identificaram flavonoides nas folhas dessa espécie e a quercetina é uma dos flavonóides identificados. Assim, este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de metodologias analíticas e processos tecnológicos para a obtenção de extratos secos padronizados a partir da das folhas de M. urundeuva. No estudo foi desenvolvido e validado um método analítico por CLAEDAD para quantificação da quercetina nos extratos hidroalcoólicos e secos (ES) da planta. Os ES foram obtidos por spray-dryer. Foram obtidas misturas do ES com os excipientes celulose, lactose, maltodextrina e amido. Foram realizados estudos com TG, DTA, MEV e Estudo de estabilidade acelerada. A atividade anti-inflamatória do ES foi avaliada em camundongos Swiss pelo método do edema da pata. Os resultados da validação da metodologia por CLAEDAD mostraram os tempos de retenção da quercetina na amostra do padrão e no extrato hidroalcoólico de 10,2 e 10,1 minutos, respectivamente. A linearidade foi verificada com a equação de regressão linear da curva média de y = 56948x – 6354,1 e coeficiente de correlação R2 = 0,9996. O limite de detecção foi de 0,18 μg/mL e o de quantificação de 0,56 μg/mL. O coeficiente de variação da precisão intra-dia foi de 2,3% e os da precisão inter-dia variaram entre 0,8 e 5,3%. A recuperação do padrão variou entre 97,1 e 100,7%. Na obtenção dos ES por spray-dryer as variações nas condições de secagem não representaram variações significativas nos rendimentos do processo. A temperatura de secagem e a taxa de alimentação influenciaram significativamente a concentração de quercetina (p≤0,05). Nas análises por CLAE-DAD dos ES, os perfis cromatográficos apresentaram tempos de retenção da quercetina na amostra do padrão e no ES de 9,7 e 10,2 minutos, respectivamente e o coeficiente de variação da precisão intra-dia do teor de quercetina foi de 3,7%. A curva TG do ES mostrou a ocorrência de quatro eventos de perda de massa. A perda de massa mais significativa foi observada entre 193,5 e 267,0°C (29,7%). As análises por TG e DTA não indicaram incompatibilidade térmica entre o ES e lactose, celulose e amido, mas indicaram uma possível interação com a maltodextrina. As imagens MEV mostraram as partículas de ES com formas esféricas, tamanhos irregulares e superfícies rugosas. O estudo de estabilidade mostrou que a concentração de quercetina no ES e misturas foi estável no período de 6 meses. O ES apresentou atividade anti-inflamatória em camundongos por via oral. Assim, o processo de secagem resultou em ES estáveis e a quercetina foi um biomarcador adequado para monitorar o processo. Portanto, os resultados obtidos no estudo suportam o desenvolvimento de fitoterápicos padronizados a partir de extratos hidroalcoólicos e secos das folhas de M. urundeuva.