Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Fernanda Oliveira, Georgia |
Orientador(a): |
Rohde, Claudia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9161
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Resumo: |
Estudos ecológicos sobre as espécies de drosofilídeos têm demonstrado sua grande diversidade e versatilidade na adaptação a diferentes ambientes. No Brasil, muitos ecossistemas e biomas têm sido estudados a partir deste ponto de vista, mas os manguezais estão entre os menos conhecidos, com apenas dois estudos relatados na literatura. A fim de melhor compreender a diversidade de drosofilídeos do estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil, esses insetos foram coletados em diferentes manguezais, três deles no continente e um na ilha de Fernando de Noronha. As coletas foram realizadas em duas diferentes épocas, chuvosa e seca. Os resultados apresentam a riqueza e a diversidade das espécies, estabelecendo relações com os aspectos ecológicos das diferentes áreas. Um total de 37.444 drosofilídeos foi coletado em seis amostras realizadas em três manguezais de Pernambuco. Foram identificadas 31 espécies pertencentes a seis gêneros: Amiota Loew, Drosophila Fallen, Rhinoleucophenga Hendel, Scaptodrosophila Duda, Zaprionus Coquillett e Zygothrica Wiedemann. O subgênero Sophophora apresentou a maior riqueza (8 grupos e 11 espécies), com 4 espécies pertencentes ao grupo da Drosophila melanogaster, 4 espécies ao grupo da D. willistoni e 3 espécies ao grupo da D. saltans. Houve uma grande predominância de três espécies exóticas, Drosophila malerkotliana, D. simulans e Zaprionus indianus, que representaram 95,5% do total de indivíduos. Os resultados de análise de diversidade (heterogeneidade de Shannon-Wiener e riqueza de espécies estimada por rarefação) apontam o manguezal urbano de Pina (localizado na cidade do Recife) como o mais diverso entre os locais amostrados. Apesar da sua localização em uma área urbana, o Pina teve a mesma cobertura vegetal (analisado através do Normalized Difference Vegetation Index) que o manguezal do Rio Formoso, enquanto que o manguezal de Suape se mostrou significativamente inferior. Outras coletas feitas em um manguezal oceânico e em mais quatro ambientes da ilha Fernando de Noronha, distante 350 km da costa do Atlântico, incluem mais 25.911 drosofilídeos analisados. Apenas oito espécies foram identificadas entre dez amostragens realizadas. As espécies identificadas pertencem a quatro gêneros: Drosophila (N=24.154 indivíduos), Zaprionus (N=1.719), Scaptodrosophila (N=36) e Rhinoleucophenga (N=2). Trata-se do primeiro registro da ocorrência da espécie invasora Zaprionus indianus em uma ilha oceânica do Brasil. Esta espécie esteve presente nos cinco locais estudados, especialmente nos ambientes perturbados da ilha. Juntos, os resultados identificam a presença de, pelo menos, 35 diferentes espécies, sendo que duas delas são novos registros para o estado de Pernambuco |