Nada é por acaso : os vieses na cognição estatística entre servidores e não servidores do IBGE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MAIA, Romero Galvão
Orientador(a): LAUTERT, Síntria Labres
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35284
Resumo: Esse estudo investiga se erros sistemáticos, vieses ou heurísticas presentes na cognição estatística informal apresentam-se de forma similar entre profissionais que atuam na sede da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Recife e uma amostra não casual da população em geral, denominada nessa investigação de não servidores do IBGE. Para tal, 512 participantes responderam um questionário on-line contendo 28 itens, sendo 9 itens de cadastro e 18 itens replicados ou adaptados das questões clássicas propostas por Kahneman e Tversky (2011) e Mlodinow (2009), que abarcam situações de probabilidade, de risco, incerteza, ou de ambivalência. Devolveram o questionário, com mais de 50% dos itens respondidos, 330 participantes, dos quais 85 pertencem ao IBGE e 245 ao grupo não casual de comparação. Os resultados revelam que as heurísticas não se distribuem de forma generalizada, como previsto na literatura, mas certa variável de perfil pode apresentar significativamente menos heurísticas (p-valor=0,033) entre servidores do IBGE que trabalham com estatística no cotidiano. Atos mais restritos de preparação intensa e trabalho diário específico com a estatística diminuem os vieses ou heurísticas presentes na cognição estatística informal. Ou seja, se por um lado as heurísticas nos levam predominantemente a equívocos, por outro observou-se é possível superar a subordinação a elas mesmo se tratando de um fenômeno inconsciente. Contudo, o baixo valor associado do R² sugere são necessárias outras pesquisas com grupo de comparação formado aleatoriamente.