Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Lucena, Renata Nóbrega de. |
Orientador(a): |
Spinillo, Alina Galvão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10501
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Resumo: |
Ainda é incipiente o cenário de pesquisas, no Brasil, sobre revisão textual numa perspectiva psicológica. O presente estudo propôs-se a investigar uma temática que ainda demanda muitas investigações: a questão temporal da revisão. Os objetivos são analisar como a revisão se configura em momentos distintos da produção de textos (durante o planejamento, durante a textualização e durante a edição) e compreender quais as razões que impelem as crianças a revisarem seus textos. Nestas condições, as principais questões discutidas foram: quais as ações de revisão, a natureza e as unidades linguísticas alteradas quando se revisa em momentos distintos da produção textual?; ao revisarem, as crianças sabem as razões que as levam a realizarem determinadas alterações em seu texto?; os tipos de alterações e as razões que as nortearam se modifica em função de a revisão ocorrer durante o planejamento, durante a textualização e durante a edição? Para tentar esclarecer essas questões, 80 crianças de 8-9 anos, alunas do 3º ano de escolas particulares do Recife, participaram de dois estudos: no Estudo 1, participaram 10 duplas de crianças, onde 5 duplas realizaram a Situação 1 (revisão durante o planejamento e revisão durante a textualização) e 5 duplas realizaram a Situação 2 (revisão durante o planejamento e revisão durante a edição); do Estudo 2, participaram 60 crianças, onde 30 crianças realizaram, individualmente, a Situação 1 (revisão durante a textualização) e as outras 30 crianças realizaram, individualmente, a Situação 2 (revisão durante a edição). A análise de todas as alterações realizadas nos dois estudos incidiu sobre os seguintes aspectos: ação de revisão (inserção, retirada, substituição e deslocamento), natureza das alterações (forma ou conteúdo), unidade linguística alterada (palavra ou segmento) e os tipos de razões utilizados para justifica-las (ver Spinillo, 2012). Os resultados apontaram que não há diferenças relevantes na configuração da revisão durante a textualização e durante a edição, sendo mais comuns as substituições e inserções incidindo sobre a forma das palavras. Contudo, percebe-se que a preocupação é maior com o conteúdo e os segmentos nas alterações realizadas após a solicitação da examinadora do que nas alterações realizadas espontaneamente. No que se refere à revisão durante o planejamento, as substituições e inserções continuam sendo as ações de revisão mais comuns, entretanto a natureza mais alterada foi o conteúdo e a unidade linguística mais modificada foram os segmentos. As razões que levam às crianças a realizarem suas alterações estão relacionadas, majoritariamente, a necessidade de escrever corretamente e de tornar o texto legível. Isso indica que revisar durante ou após o texto não implica em mudanças significativas nos aspectos linguísticos revisados, nem na frequência com a qual se revisa. A revisão durante o planejamento, por sua vez, desloca o foco para o conteúdo e os segmentos, indicando que as crianças estão mais preocupadas com as ideias a serem veiculadas. Conhecendo melhor essa possibilidade de revisão no pré-texto, é possível favorecer a revisão em diversos momentos da produção textual, o que aumenta o controle de qualidade na escrita. |