Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
ALBUQUERQUE, Bruno Barros de |
Orientador(a): |
FERNANDES, Mariana Pinheiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas / CAV
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55972
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Resumo: |
O consumo de alimentos obesogênicos aumenta a produção de espécies reativas de oxigênio, causando estresse oxidativo e disfunção mitocondrial, podendo desencadear alterações metabólicas e processos patológicos. Dietas nutricionalmente inadequadas no período pré-natal e pós-natal podem ter consequências permanentes, mesmo em condições ambientais favoráveis posteriormente. Diante disso, o objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos de uma dieta obesogênica ofertada durante a gestação e lactação de ratas, no balanço REDOX, histomorfologia, expressão de genes inflamatórios e perfil de hormônios pancreáticos. A pesquisa foi conduzida com 16 ratas albinas fêmeas e 8 progenitores da linhagem Wistar, com aprovação da comissão de ética no uso de animais da UFPE (Processo no 0061/2019. As ratas prenhas foram divididas em dois grupos, recebendo diferentes dietas: o Grupo Controle, alimentado com a dieta de biotério Nuvilab®, e o Grupo Obesogênico, que recebeu uma dieta com altos teores de gorduras e carboidratos. O acasalamento das ratas foi monitorado, e a prenhez foi confirmada por aumento de peso corporal e esfregaço vaginal. Durante a gestação e lactação foi analisado o peso corporal semanal, índice de Lee, teste oral de tolerância à glicose e insulina e após o período de lactação, foi feita a eutanásia dos animais e realizadas as análises de perfil bioquímico sanguíneo, biomarcadores de estresse oxidativo, avaliação do sistema antioxidante enzimático e não enzimático, histomorfometria pancreática, avaliação dos níveis séricos dos hormônios insulina e glucagon, além da avaliação da expressão de genes inflamatórios. A análise estatística foi feita utilizando o teste T de Student não pareado, considerando significativo p<0,05. O peso corporal do grupo obesogênico aumentou significativamente (p=0,0002), assim como o índice de Lee (p=0,0008). Os níveis de estresse oxidativo foram elevados no grupo obesogênico, com maior quantidade de MDA (p<0,0001) e carbonilas (p<0,0001) em comparação com o grupo controle. A atividade antioxidante enzimática, especialmente da superóxido dismutase-SOD (p<0,0001) e catalase-CAT (p=0,0004), foi mais elevada no grupo obesogênico. Em relação ao estado REDOX celular foi vista uma diminuição no grupo obesogênico (p=0,0023). As análises morfométricas do pâncreas revelaram aumento na área (p<0,0001), perímetro (p=0,0002) e diâmetro (p<0,0001) nos animais obesogênicos, assim como na contagem de células por ilhota (p<0,0001). A expressão dos genes IL-6 (p<0,0001) e TNF-α (p<0,0001) também aumentaram no grupo obesogênico. Os Níveis séricos de insulina (p=0,0132) e glucagon (p=0,0390) apresentaram aumento no grupo obesogênico, bem como o teste oral de tolerância à glicose, após 120 minutos (p=0,0038). Os resultados apresentados mostram que a dieta obesogênica, durante os períodos de gestação e lactação, influenciou negativamente o metabolismo pancreático das ratas, com diminuição da tolerância à glicose e aumento de biomarcadores de estresse oxidativo, no entanto foi vista uma maior atividade de enzimas antioxidantes como uma resposta metabólica positiva ao insulto nutricional. A expressão aumentada dos genes inflamatórios IL-6 e TNF-α, associada a alterações morfométricas pancreáticas reforçam a associação entre dieta obesogênica, inflamação e resistência insulínica. |