Estresse oxidativo placentário e fetal: ação antioxidante da semente da Moringa oleifera e de uma de suas lectinas, a WSMoL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: VERAS, Alana Carolina Costa
Orientador(a): PAIXÃO, Ana Durce Oliveira da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25334
Resumo: O estresse oxidativo elevado no ambiente materno, durante o período perinatal, pode determinar distúrbios funcionais na prole. O tratamento materno com lipopolissacarídeos (LPS) desencadeia respostas orgânicas similares às desencadeadas por um processo inflamatório, inclusive com elevação do estresse oxidativo. Nesse contexto, o objetivo do estudo foi investigar a ação antioxidante do extrato aquoso de sementes de Moringa oleifera (EASMO) e de uma de suas lectinas, a WSMoL, em ratas submetidas ao tratamento com LPS durante a prenhez. O protocolo experimental foi aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da UFPE, sob o número 23076.009437/2015-15. Ratas Wistar, aos 90 dias de idade, foram acasaladas e após a detecção de espermatozoides no esfregaço vaginal foram randomicamente separadas em gaiolas individuais e distribuídas em grupo controle tratado com salina (0,5 mL/kg, sc, n=8), grupo controle tratado com EASMO (200 mg/kg, po., n=7), grupo tratado com LPS (0,5 mg/kg, sc, n=9) e grupos tratados com LPS mais EASMO (n=8), WSMoL (1,1 mg/kg, po., n=9) e tempol (T, 18 mg/kg, po, n=6). A salina e o LPS foram administrados nos dias 13, 15, 17 e 19 de gestação, enquanto que os tratamentos com EASMO, WSMoL e tempol foram administrados a partir do 13º até o 19º dia da gestação. No 20º dia de prenhez, as ratas foram anestesiadas com tiopental sódico (60 mg/kg, ip) para coleta de placentas, fígados materno e fetal e rim fetal. O estresse oxidativo foi avaliado através dos níveis de malondialdeído (MDA), pela produção de ânion superóxido (O₂⁻) e pelos níveis de glutationa reduzida (GSH). A análise estatística foi realizada através do teste “t” de Student para comparação entre o grupo controle e tratado com LPS e através de ANOVA one-way, seguida pelo teste de Student-Newman-Keuls para comparação entre os grupos tradados com LPS e os demais tratamentos. As diferenças foram consideradas significantes para P < 0,05. O processo inflamatório desencadeado pelo LPS elevou os níveis de MDA no fígado materno e fetal, na urina materna e na placenta, bem como elevou O₂⁻ na placenta e no rim fetal. O EASMO e a WSMoL reduziram os níveis de MDA e O₂⁻ nestes órgãos, enquanto que o T reduziu apenas os níveis de MDA no fígado materno e placenta. O LPS reduziu os níveis de GSH no fígado fetal, enquanto a WSMoL teve efeito contrário no fígado materno. Estes dados demonstram que o EASMO e a WSMoL têm ação antioxidante quando administrados in vivo, portanto, podem afetar o desenvolvimento fetal.