Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
GAMA, Ywanoska Maria Santos |
Orientador(a): |
ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13033
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Resumo: |
O presente trabalho se propôs a compreender as relações entre a construção cotidiana de práticas docentes na alfabetização e os processos de formação continuada vivenciados por professoras alfabetizadoras. Nessa perspectiva buscamos: observar a construção de práticas de alfabetização no cotidiano de sala de aula; identificar, na rotina das professoras, as atividades relacionadas ao trabalho nos diferentes eixos do ensino da Língua Portuguesa e a forma como as professoras justificam suas escolhas didáticas cotidianas e as associam às experiências de formação continuada que vivenciaram ao longo de sua trajetória na rede de ensino. O trabalho se desenvolveu em etapas interrelacionadas e complementares entre si, com o uso dos seguintes procedimentos: entrevistas, observação de inspiração etnográfica e entrevistas de Autoconfrontação. As contribuições dos estudos do cotidiano inspirados em Michel de Certeau, se constituíram como referencial para o aprofundamento das leituras da prática para além do óbvio, do explícito, do dito, mas incluindo o processo de construção e reconstrução, de negociação de interesses e conflitos e do posicionamento das docentes frente às estratégias. Utilizamos ainda o aporte teórico trazido pelos estudos da Clínica da Atividade, com os trabalhos de Yves Clot, assim como o uso do procedimento de autoconfrontação, como metodologia de coleta de dados propulsora de uma reflexão do trabalhador sobre sua atuação. O estudo possibilitou-nos perceber que as construções das práticas docentes se dão pela via da fabricação e ressignificação, utilizando-se de seus esquemas operatórios, perceptivos, corporais, emocionais ou, ainda, relacionais e subjetivos, sedimentados no decorrer de sua vida. Verificamos que a forma como as professoras tomavam suas decisões no cotidiano da sala de aula demonstrava seus estilos, formas particulares de jogar com os gêneros profissionais. Percebemos, ainda, que as professoras utilizavam de formas diferentes suas margens de manobra, em função também de um conjunto de saberes e experiências construídos de forma singular, por cada uma delas, Essas táticas de consumo, combinando elementos heterogêneos fabricavam procedimentos e ações de forte coerência pragmática, evidenciando prioritariamente suas relações com as experiências de formação continuada. |