Youtubers como uma pedagogia cultural de gênero : enunciados sobre menina-mulher nos canais de YouTube

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: BELARMINO, Natália Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Educacao
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39512
Resumo: Nesta tese “Youtubers como uma pedagogia cultural: enunciados sobre menina-mulher nos canais de YouTube”, realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPE, no núcleo de Formação de Professores e Prática Pedagógica, defendo que os enunciados advindos do YouTube, em sua materialidade, atuam como uma pedagogia cultural que interpenetra outras pedagogias na produção de representações de gênero por sua ação performática. Nesse sentido, argumento que, como pedagogia cultural, tal mídia orienta condutas de ser menina-mulher incorporando enunciados de outras discursividades midiáticas em suas regularidades e contradições. O estudo que sustenta esta tese tem como referência o campo dos Estudos Culturais em Educação, com foco na Pedagogia Cultural, Estudos de Gênero e Estudos Feministas, e a Análise do Discurso foucaultiana. O objetivo desta tese é mostrar como os canais de YouTube, com seus discursos, operam como uma pedagogia com o desejo de ensinar a uma geração como deve ser e se comportar em relação às identidades de gênero. Esse arcabouço teórico e metodológico foi indispensável para a investigação dos canais de YouTube, vistos nesta pesquisa como um artefato cultural com uma função pedagógica. Para esta tese utilizo como arquivo enunciados de cinco canais de YouTube: Fabiola Melo, Ana Lu Masi e JoutJout Prazer (adultos); e Planeta das Gêmeas e Juliana Baltar (infantojuvenis). Face à análise empreendida nos canais, indico três elementos que sobressaem ao incitar e interpelar mulheres, homens e crianças em suas identidades de gênero: espaços de propaganda sexista e consumista; espaços de autointerpretação com ações performáticas, onde se incita o debate, criar uma rede discursiva ou conformar os sujeitos em suas posições de gênero; além de uma forte interlocução com (as)os seguidoras(es). Nesse sentido, a análise aponta os canais de YouTube, através da rede discursiva engendrada, como sendo artefatos com potência para a construção de identidades de gênero. A sequência da análise demonstra o quanto os vídeos veiculados na plataforma são importantes e atuantes na construção dos sujeitos, em relação a formas de ver os sujeitos e posições ocupadas por cada um de nós na vida em sociedade, em específico na construção da menina-mulher e feminilidade.