Análise de estruturas compressionais na região onshore da Bacia Pernambuco, NE do Brasil - possíveis influências no potencial petrolífero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: CORREIA FILHO, Osvaldo José
Orientador(a): BARBOSA, José Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23738
Resumo: A Bacia Pernambuco (BPE) compreende uma bacia marginal da porção oriental da plataforma sulamericana, formada durante a abertura do Oceano Atlântico Sul. Sua porção emersa compreende a faixa costeira limitada a norte pela Zona de Cisalhamento de Pernambuco, próximo a cidade de Recife, PE, e pelo Alto de Maragogi-Barreiros, a sul. Embora evidências sobre eventos de reativação tectônica de idade pós-rifte tenham sido mencionados na literatura da bacia, nenhum deles tratou de forma sistemática as características e relações tectono-estratigráficas desses eventos na região onshore desta bacia. A presente pesquisa objetivou o estudo desses eventos na faixa costeira da bacia, em especial de eventos compressivos. O estudo foi produzido com base no levantamento de dados estruturais e estratigráficos em afloramentos, na análise de dados de gravimetria terrestre, dados magnetométricos aerolevantados, e de três linhas sísmicias 2D. A faixa costeira entre as cidades de Recife, PE e Maragogi, AL, foi dividia em três setores, Norte, Central e Sul, os quais apresentam características distintas, envolvendo as estruturas das fases rifte e pós-rifte. A tectônica rifte, AptianoAlbiano, afeta as formações Formações Cabo e Suape, e é caracterizada por falhas de comprimento e rejeito métricos, com duas orientações principais NNE-SSW (normais), e NW-SE (transferentes). A análise dos campos de tensões mostra uma extensão oblíqua NW-SE. Ainda nos estágios finais do rifte da BPE, as intrusões associadas ao pico de magmatismo que afetou a atual região costeira, datado em 102 M.a, foi responsável por gerar uma série de deformações nos sedimentos das formações Cabo e Suape. Estas representam estruturas compressivas, de comprimento e rejeito métricos, e estão associadas as região mais afetadas pelo magmatismo bimodal. A análise dos campos de tensões para estas deformações mostrou que, de forma geral, os tensores máximo e intermediário estão horizontalizados, e que o tensor mínimo está verticalizado. O pulso deformacional mais jovem afetou todas as formações da BPE, desde a Formação Cabo (Aptiano) até as formações Barreiras (MiocenoPleistoceno), e Pós-Barreiras (Plioceno-Quaternário), representado por microfalhas reversas e normais, e diversos tipos de deformações do acamamento (sismitos). O campo de tensões deste último evento de reativação está associado à tectônica regional da Província Borborema durante o cenozóico. Este último evento apresenta componentes de compressão, transpressão e transtensão. O estudo de pulsos tardios de reativação de falhas criadas durante a fase rifte, como foi identificado com a BPE, apresenta importância em bacias produratoras de hidrocarboneto.