Amphipoda (crustacea) pelágicos do atlântico tropical, ao largo do nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: NUNES, Tiago Rafael de Sousa
Orientador(a): LARRAZÁBAL, Maria Eduarda L. de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19318
Resumo: Os anfípodos zooplanctônicossão componentes significativos das comunidades epi e mesopelágicas. Ocupam nichos ecológicos diversificados e, em algumas regiões frias, dominam a biomassa planctônica, constituindo os principais itens alimentares depeixes e baleias planctófagos. Como dados sobre composição específica e variabilidade geográfica ainda são escassos especialmente para o oceano Atlântico Sul Ocidental, objetivou-se levantar a composição dos Amphipodapresentes emáguas oceânicas da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Nordeste do Brasil, contribuindo para o conhecimento taxonômico de distribuição horizontal. Duas hipóteses foram testadas:1) possuem alta diversidade na área, constituindo uma comunidade complexa, porém, pouco abundante; 2) há espécies que ocorrem exclusivamente na região, em relação às demais águas brasileiras. Um total de 43 amostras de macrozooplâncton foi analisado,amostras essas coletadas entre junho e julho de 1998 nas áreas: Oceânica Este (OE), Arquipélago São Pedro e São Paulo (ASPSP) e Cadeia Rocas/Noronha (CRN), parte integrante do Projeto REVIZEE Score NE-III. As amostras foram obtidas no estrato de0 a200m através de arrastos oblíquos, com rede de náilon do tipo bongo, com abertura de malha de 300μme 500μmdurante 15 minutos,acoplada com fluxômetro digital. Para este trabalho foi utilizado o material retido na malha de 300μm. Dados de temperatura e salinidade foram igualmente aferidos. O material biológico foi fixado a bordo, emuma solução de formaldeído a 4% neutralizado com tetraborato de sódio. Os indivíduos foram separados, dissecados e identificados até a menor unidade taxonômica possível. Observou-se uma densidade máxima de 1,92 org.m-3na E111 (ASPSP), e uma mínima de 0,175 org.m-3na E143 (OE). Foram identificadas 68 espécies, sendo 5 da subordem Gammaridea e 63 da Hyperiidea, além de cinco instantes de associação com organismos gelatinosos. Eupronoe intermedia, Hyperietta vosseleri, Anchylomera blossevillei,Phronimella elongata,Lycaeopsis zamboangaee Primno latreilleiforam consideradas muito frequentes, sendo as quatro primeiras aquelas que se sobressaíram em abundância (12,6%; 21,4%; 11,5%; 10,2%, respectivamente), consideradas pouco abundantes, e todas as outras, raras. O ASPSP foi a área que apresentou maior diversidade e equitabilidade (4,248 bits.ind-1e E= 0,761). Segue-se a elea CRN (3,878 bits.ind-1e E= 0,744) e a OE (3,766 bits.ind-1e E= 0,654). Esses valores expressam uma altaequitabilidade e diversidade para a área estudada, quando comparados a valores encontrados na literatura para outras áreas marinhas do Brasil e do mundo; a primeira, expressando uma boa distribuição dos organismos ao longo da coluna d’água, e a segunda, corroborando a hipótese de que os anfípodos zooplanctônicos apresentam, da zona nerítica em direção à oceânica, uma diminuição na densidade e aumento na diversidade. Este estudo contribui ainda com sete novas ocorrências para o Nordeste do Brasil e duas para o Atlântico Sul Ocidental.