Avaliação funcional de variantes da Região Longa de Controle (LCR) do Papilomavírus humano 31

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Ruany Cristyne de Oliveira
Orientador(a): FREITAS, Antonio Carlos de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33240
Resumo: O câncer cervical representa o quarto tipo de neoplasia mais frequente entre as mulheres no mundo. Embora, o HPV-16 seja o mais prevalente na população mundial, o HPV-31 é encontrado em diversos países sendo também um importante agente do processo carcinogênico. Infecções persistentes causadas por Papilomavírus humano de alto risco oncogênico (HR HPVs) é uma condição necessária, porém não suficiente para o desenvolvimento de lesões cervicais e câncer cervical. Fatores ambientais e genéticos estão envolvidos na carcinogênese cervical. Dentre os fatores genéticos, as variantes genéticas dos HR HPVs parecem estar relacionadas com o risco de infecções persistentes. Assim, o presente estudo realizou uma avaliação funcional de variantes da região promotora (LCR) do HPV-31 com a finalidade de verificar o efeito biológico sobre essas variantes e consequente importância clínica com relação à sua oncogenicidade. Para isso, a amplificação e clonagem das variantes A e C (isolados 21, 66 e 89), o regulador transcricional E2 e protótipo (HPV-31 – J04353.1) foram realizadas, seguida pela subclonagem em vetor de expressão em células de mamífero. Os recombinantes foram sequenciados para confirmar a LCR clonada. Uma cultura de células HeLa foi estabelecida e a transfecção com diferentes concentrações de E2 foi feita e se determinou que a concentração de 25 ng é a ideal para ativação da LCR. Posteriormente uma transfecção conjunta de E2 e cada recombinante de LCR foi realizada para se avaliar a atividade da LCR de cada isolado. Dentre os isolados estudados, o 21(apresentando lesão de alto grau - neoplasia intraepitelial cervical grau - NIC - II) e 89 (apresentando lesão de alto grau -NIC- III) possuem uma LCR com maior capacidade de alterar os níveis de expressão do gene-repórter Nluc e o isolado 66 (apresentando lesão de alto grau - NIC - III) apresentou os níveis de expressão do gene-repórter Nluc diminuídos comparado com o controle (LCR- protótipo). A análise estatística mostrou diferença significativa entre as regiões LCR polimórficas e o controle (LCR do HPV-31 sem nenhuma variação) com valor de p<0.0001. Assim começa a ser traçado um perfil mais refinado de variantes do HPV-31 e sua importância para o prognóstico de lesões cervicais.