Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
SANTIAGO, Maria Betânia do Nascimento |
Orientador(a): |
RORH, Ferndinand |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4043
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Resumo: |
Diálogo e Educação: O Pensamento Pedagógico em Martin Buber parte do reconhecimento do caráter essencialmente pedagógico das idéias de Martin Buber, condensadas na filosofia do diálogo desse autor. A educação encontra-se vinculada a seu projeto teórico e social, sem a qual ele não se compreende ao mesmo tempo em que tal projeto é expressão de proposta educativa. Tal perspectiva parte de uma íntima relação entre as visões de humano, de sociedade e a dimensão de transcendência. O que ele chama educação significa a seleção do mundo efetivo pelo ser humano, recolhida e demonstrada no educador. Buber compreende o educativo como relação, como mútuo envolvimento. O educador realiza, assim, uma compreensão abrangente do outro, e, tal como indivíduo engajado no encontro dialógico, experiencia o duplo sentido da consciência de si, ao mesmo tempo em que percebe o outro na sua condição singular. Esse encontro é a própria vivência do inter-humano, a essencial alteridade que marca a relação. A relação educacional é uma relação puramente dialógica (UE, 33). O sentido que esse autor atribui à educação pode ser apreendido a partir das categorias com as quais ele define o humano, assim como nas suas análises e propostas para a sociedade. O humano, como ser de relação, que só se reconhece de forma essencial no encontro com o outro e com ele experimenta a reciprocidade, que tem no diálogo a sua atitude fundamental. Este homem ao qual a palavra é dirigida pelo diálogo assume a responsabilidade de responder a partir do lugar onde se encontra. A tese aqui proposta implicou relacionar as diferentes dimensões da produção teórica desse autor: desde os fundamentos, constituídos por meio do diálogo com a tradição judaica (em especial com o movimento hassídico) e a filosofia ocidental; a elaboração de uma antropologia em diálogo com diferentes correntes de pensamento existente no início do século XX, em especial com a abordagem fenomenológica e existencial; a sua ontologia da relação, do diálogo, expressa em Eu e Tu, obra na qual ele reconhece a dupla atitude do humano, traduzida das duas palavras-princípio Eu-Tu e Eu-Isso de um lado, uma atitude cognoscitiva e, do outro, uma atitude ontológica. A perspectiva anunciada na filosofia de Buber expressa sua crítica à modernidade, à qual ele responde de forma propositiva, pela defesa de uma ética do inter-humano, a partir da qual se compreende a exigência formativa uma educação para a comunidade. A questão da comunidade é um tema central a essa filosofia, começo e fim de sua teoria educativa: apenas na comunidade é possível educar, sendo necessário, por sua vez, educar para que os jovens compreendam o sentido da comunidade. Dessa forma, é na vida em comunidade que este homem realiza seu modo próprio de ser |