Avaliação de desfecho do tratamento para tuberculose em pacientes HIV/AIDS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Magda Maruza Melo de Barros
Orientador(a): XIMENES, Ricardo Arraes de Alencar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7407
Resumo: Um estudo de coorte retrospectivo foi realizado com o objetivo de determinar a freqüência de desfecho desfavorável (óbito, abandono e falência) e de óbito separadamente, em pacientes com HIV/aids tratados para tuberculose sem confirmação bacteriológica do diagnóstico, e compará-la com a freqüência de desfecho desfavorável naqueles pacientes tratados com confirmação bacteriológica do diagnóstico, no período de Julho de 2002 a Junho de 2004, no Hospital Correia Picanço. As variáveis analisadas foram agrupadas em três blocos: variáveis biológicas e sócio-demográficas; variáveis relacionadas ao HIV/aids e variáveis relacionadas à tuberculose, dentre as quais foram estudadas as variáveis relacionadas aos sinais e sintomas de tuberculose, variáveis relacionadas à forma de apresentação e critério diagnóstico e variáveis relacionadas ao tratamento da tuberculose. Através de informações obtidas em prontuários médicos, foram estudados 262 pacientes, entre os quais 93 (35,5%) iniciaram tratamento para tuberculose com confirmação do diagnóstico e 169 pacientes (64, 5%) não tiveram confirmação. Do total de pacientes, 7 (2,7%) tiveram cura com confirmação laboratorial, 147 (56,1%) curaram sem confirmação laboratorial, 30 (11,5%) abandonaram o tratamento, 2 pacientes (0,8%) apresentaram falência por desenvolvimento de resistência e 76 (29%) evoluíram para o óbito. Foram estimados odds ratios brutos e ajustados, intervalos de confiança e valores de p da associação de desfecho desfavorável com as variáveis independentes de cada grupo. Em seguida, as variáveis selecionadas na análise multivariada em cada um deles foram controladas pelo efeito daquelas selecionadas nos demais. Permaneceram no modelo, ao final da análise multivariada, por apresentarem associação estatisticamente significante com desfecho desfavorável, após todos os ajustes, as seguintes variáveis: coexistência de outras doenças oportunistas, níveis de CD4 e carga viral, dispnéia, a forma disseminada de tuberculose e a mudança do tratamento da tuberculose por reação adversa ou intolerância. Quando o desfecho analisado foi o óbito, permaneceram no modelo ao final da análise multivariada: uso de tratamento antiretroviral, níveis de CD4 e carga viral, dispnéia e regime de acompanhamento do paciente quando o tratamento foi iniciado