Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Joelma Carvalho |
Orientador(a): |
LOPES NETO, Edmundo Pessoa de Almeida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29729
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Resumo: |
A crescente utilização das ferramentas ômicas tem mostrado uma visão mais complexa das enzimas hepáticas na regulação do metabolismo e monitoramento da infecção crônica pelos vírus da hepatite B (HBV) e C (HCV). Assim, este estudo de validação fase I/II teve como objetivo construir modelos metabonômicos (MM), baseados em espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) de 1H, para diagnosticar a infecção crônica pelo HBV e pelo HCV, distinguir a infecção de acordo com o vírus relacionado, e avaliar a atividade das enzimas hepáticas (ALT, AST e GGT), em uma única amostra de soro. Foram incluídos no estudo 245 pacientes adultos com diagnóstico prévio de infecção crônica pelo HBV (n=117), HCV (n=86) e controles imunes ao HBV (n=42). Os espectros de RMN de ¹H foram obtidos utilizando o espectrômetro VARIAN Unity Plus 300, e os níveis de atividade enzimática por método cinético automatizado. Os MM foram obtidos através da Análise Discriminante Ortogonal por Mínimos Quadrados Parciais (OPLS-DA), utilizando a plataforma MetaboAnalyst 3.6. Na primeira etapa do trabalho, foram construídos quatro MM usando o formalismo OPLS-DA: (1) HBV versus controle; (2) HCV versus controle; (3) Infecção viral versus controle; e (4) HBV versus HCV. Ao comparar cada infecção com o grupo controle, observou-se melhor especificidade (Sp) para o modelo HCV (97,6%) e melhor sensibilidade (Sn) para o modelo HBV (95,7%). Além disso, o MM infecção viral versus controle apresentou melhor especificidade (97,6%) com maiores níveis de carboidratos e aminoácidos no grupo de infectados, enquanto o modelo HBV versus HCV apresentou melhor sensibilidade (93,4%) com infecção pelo HBV associada a maiores níveis de aminoácidos, e infecção pelo HCV a sinais mais intensos de carboidratos. Na segunda etapa do estudo, foram construídos três MM com amostras de pacientes infectados pelo HBV ou HCV para avaliação da atividade enzimática: (1) ALT; (2) AST; e (3) GGT; e quatro MM de acordo com o tipo de vírus: (1) ALT em HBV; (2) AST em HBV; (3) ALT em HCV; (2) AST em HCV. No modelo ALT, observou-se Sn de 95,4%, Sp de 93,9% com altas concentrações de carboidratos e menores níveis de HDL, LDL, aminoácidos, espécies insaturadas e aromáticas no grupo com ALT aumentada. Acurácia semelhante foi encontrada para o modelo AST, com Sn de 95,5%, Sp de 96,5%, e atividade aumentada da AST associada a maiores concentrações de carboidratos e menores níveis de aminoácidos. Para o modelo GGT, os resultados foram menos satisfatórios. Em relação aos MM pelo tipo de vírus, observou-se melhor desempenho para o modelo ALT em pacientes com HBV, com Sn de 96,1%, enquanto em pacientes com HCV, o MM AST apresentou melhores resultados com Sn de 95,2%, Sp de 100%. Desta forma, os MM construídos foram capazes de, com um único espectro de RMN de 1H, diagnosticar a infecção crônica pelo HBV e HCV, distinguir a infecção de acordo com o vírus, avaliar a atividade sérica das enzimas hepáticas, e a classe de componentes associada com a discriminação, constituindo um método complementar promissor para investigação da doença hepática na prática clínica. |