Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
CABRAL NETO, João Pinto |
Orientador(a): |
PIMENTEL, Rejane Magalhães de Mendonça |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40173
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Resumo: |
O estudo versa sobre os principais desafios e perspectivas relacionadas a inserção de um novo modelo de transporte: os veículos elétricos (EVs). Devido a não emissão de gases de efeito estufa (GEE) durante sua operação, os EVs são considerados pelas principais mídias como o modelo de transporte ambientalmente mais sustentável. No entanto, pouco se é discutido com relação aos impactos atrelados a estes tipos de veículos. Nesse contexto estão as emissões indiretas que dependem do tipo de fonte de geração da energia que abastece os carros, o déficit de infraestrutura necessária para suportar a demanda crescente por energia elétrica, além da produção de resíduos eletroeletrônicos, como as baterias de lítio, cuja produção está vinculada à fabricação de carros e a sua própria vida útil. Dessa maneira, esse estudo tem como principais objetivos: a realização de uma revisão sistemática que dê luz ao estado da arte dos impactos ambientais ligados aos EVs; uma avaliação da infraestrutura energética necessária para suportar uma frota de EVs projetada até 2030, a partir do cálculo do consumo de um modelo utilitário de EV, com base no perfil de uso brasileiro; e o desenvolvimento de um modelo matemático para a projeção de sucatas de baterias de lítio, considerando fatores tais como mercado de venda de EVs (carro passeio) e vida útil das baterias. Os resultados obtidos apontam que os carros elétricos podem ser responsáveis pelo aumento da eco-toxicidade não apenas no que diz respeito à qualidade do ar, mas também da água e do solo; mostraram a existência de uma importante defasagem de infraestrutura; e trazem que os EVs podem não ser a melhor solução de mobilidade para o Brasil neste momento, destacando a existência de outras tecnologias como os biocombustíveis, como alternativas à eletrificação. Os achados deste estudo poderão tornar possível o planejamento adequado, por parte de empresas e governo, quanto às políticas de fomento a modelos de transporte, além de contribuir com o gerenciamento dos resíduos de acumuladores, considerando a logística reversa como objetivo a ser alcançado. |