Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Lyz Bezerra |
Orientador(a): |
FERRAZ, Álvaro Antônio Bandeira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42245
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Resumo: |
O Brasil é um líder mundial em volume de cirurgias bariátricas. No entanto, o número real das cirurgias realizadas no país ainda é desconhecido. É necessário implantar um instrumento para acompanhar a qualidade do cuidado prestado no Brasil. Este estudo teve como objetivo criar um registro piloto, avaliando a viabilidade de implementação de um Registro Nacional de Dados em Cirurgia Bariátrica no Brasil. Os objetivos secundários foram conhecimento do perfil de cirurgias, principalmente relacionado a demografia, comorbidades e técnica cirúrgica. O registro piloto foi desenvolvido em associação com a Dendrite Clinical Systems Ltd., sendo os dados coletados prospectivamente no software Dendrite Intelect Web, baseado na internet. Foram incluídos sete centros de referência no Brasil, selecionados com base em volume de cirurgias e comprometimento com inserção de dados. O projeto contemplou o período de três anos após a implementação do sistema. O Registro incluiu 1363 cirurgias realizadas por 17 cirurgiões. Do total, 1320 foram registrados como cirurgias primárias, sendo o objetivo principal desta análise. A maior parte da população era do sexo feminino (67,2%), tendo uma idade média de 39 anos e um IMC basal médio de 41,5 kg/m2. Diabetes mellitus estava presente em 34,5%, e hipertensão arterial em 40,1%. A principal cirurgia realizada foi do tipo Bypass Gástrico em Y de Roux (79,3%), sendo 95,5% por laparoscopia. Houve apenas um óbito intra- hospitalar registrado, de causa cardiovascular. O tempo de internamento médio foi de 2,03 dias. Em apenas três casos foi registrada complicação com necessidade de reoperação nos primeiros 30 dias. A taxa de complicações relacionadas à cirurgia foi de 0,97% no primeiro mês. Seguimento de curto prazo foi registrado em 75,6% e de um ano em 21,64% dos casos. A perda de peso em 30 dias foi de 10%, subindo para 33,3% após um ano, sem diferença significativa entre as técnicas cirúrgicas. Houve uma redução importante na hemoglobina glicada no primeiro ano pós-operatório, caindo de 8,84 para 3,75%. No registro piloto brasileiro foi demonstrado um perfil populacional em conformidade com o registro global da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade. Uma das principais dificuldades encontradas foi a baixa inserção de dados de seguimento pós-operatório. Os dados de um registro nacional são fonte de informações para pacientes, equipes cirúrgicas e fontes pagadoras. A experiência adquirida na execução do registro piloto auxiliará no avanço da coleta de dados e conhecimento do perfil da cirurgia bariátrica no Brasil. |