Desidratação osmótica e aproveitamento dos resíduos da jaca (Artocarpus integrifolia L. f)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVA JÚNIOR, Antonio Albino da
Orientador(a): BENACHOUR, Mohand
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Quimica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34227
Resumo: A Jaca é uma fruta que apresenta condições para exploração em escala comercial, pois atinge bons preços no mercado além de ser muito apreciada pelas suas características organolépticas e nutricionais. Para reduzir as perdas pós-colheita e diversificar o aproveitamento em escala industrial da Jaca dura, esta pesquisa teve como objetivos realizar a desidratação osmótica do gomo e endocarpo duro e o aproveitamento dos resíduos sólidos do fruto. Para o processo da desidratação osmótica (gomo e endocarpo duro) foi aplicado o Planejamento Fracionado 2⁷⁻², e um segundo planejamento fatorial 2³ completo. Os resultados obtidos comprovaram a eficiência da utilização da desidratação osmótica como pré-tratamento na elaboração dos produtos com qualidades naturais e organolépticas. Visando o aproveitamento dos resíduos do fruto, elaborou-se uma farinha do endocarpo duro da fruta, com a finalidade de produzir biscoitos. Foi avaliada a aceitabilidade em vários aspectos sensoriais, do biscoito produzido, substituindo-se parcialmente a farinha de trigo pela farinha do endocarpo duro (ED). Foram elaboradas três formulações: B15 (15% da farinha do ED), B25 (25% da farinha do ED) e B50 (50% da farinha do ED). Para avaliação sensorial do produto elaborado utilizou-se a escala hedônica, com nove pontos (gostei extremamente a desgostei extremamente), para os testes dos atributos avaliou-se a aceitação global, o aroma, a cor, o sabor e a textura. Todas as análises sensoriais foram submetidas a avaliação de 50 julgadores não treinados. Com base nos resultados obtidos, constatou-se que a produção do biscoito surgiu, como uma nova alternativa de produtos com agregação de valores organolépticos. Torna-se bastante viável e econômica. Utilizou-se também o invólucro externo (casca) e o endocarpo duro (caroço) para preparar bioadsorventes, com a finalidade de adsorver metais pesados. Os bioadsorventes obtidos foram testados sem e com tratamento com ácido acético 10% (TAA). As caracterizações dos bioadsorventes foram realizadas através da Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR). Os resultados obtidos em todas as análises dos bioadsorventes (invólucro externo e endocarpo duro), que passaram pelo tratamento, apresentaram um aumento significativo dos volumes dos seus poros e consequentemente dos seus diâmetros. Constatou-se a viabilização dos adsorventes residuais da Jaca. Também foi aplicado o bioadsorvente do endocarpo duro com TAA, na adsorção do ferro (Fe) presente em soluções aquosas. O processo de adsorção se mostrou eficiente atingindo 99% de remoção do ferro, respaldando a utilização do bioadsorvente na adsorção de metais pesados.