Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
ROCHA, Thiago Braga Teles da |
Orientador(a): |
ALBUQUERQUE JUNIOR, Durval Muniz de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Historia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49204
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Resumo: |
Ao longo de sua história, a cidade de Sobral foi apresentada por diferentes atores sociais como modelo. Este movimento tem grande relação com as narrativas historiográficas que foram produzidas, especialmente, por clérigos durante o século XX. Neste trabalho, são estudados textos escritos por sacerdotes católicos responsáveis por realizarem fabricações de passados sobre a cidade de Sobral, por meio da historiografia e de outros gêneros, como biografias, genealogias e livros de memórias, publicados entre os anos de 1922 e 1991. Tais textos são tratados como referências para a historiografia contemporânea e para o poder público e foram fundamentais para a construção de identidades e para o ordenamento do tempo em Sobral. Analisa-se o lugar social, a prática e a escrita das obras de cinco clérigos (Fortunato Alves Linhares, Vicente Martins da Costa, dom José Tupinambá da Frota, João Mendes Lira e Francisco Sadoc de Araújo), divididos em duas gerações, problematizando-se, a partir das respectivas operações historiográficas, as definições de arquivos, as construções de conceitos e a consolidação de narrativas historiográficas que proporcionaram a montagem de imagens sobre a cidade de Sobral que foram apropriadas, ao longo do tempo, pelo poder público, consolidando visões idealizadas de uma cidade modelar, católica e branca, que deveria ter seu modelo exportado para outras espacialidades. No primeiro capítulo, estuda-se sobre os protagonistas da escrita da história na cidade, tentando entender o lugar social de cada um. No capítulo seguinte, realiza-se uma análise sobre o fazer historiográfico realizado pelos clérigos, adentrando na prática e na escrita da história. No terceiro capítulo, analisa-se a construção de autoimagens associadas que ajudam a compor o conceito de sobralidade, fundamental para a política em Sobral. Por fim, no quarto capítulo, reflete-se sobre a produção de discursos na história, e a utilização destes pelo poder público, acerca das expedições para verificação da Teoria da Relatividade, no ano de 1919. |