Novos derivados da nitrofurazona :síntese, avaliação da toxicidade aguda e estudos das atividades antimicrobiana e antichagástica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Patrícia Albuquerque de Farias, Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3672
Resumo: As infecções parasitárias causadas por protozoários patogênicos afetam mais de 3 bilhões de pessoas em todo o mundo e representam um importante fardo de saúde e econômico. Apesar do empenho no desenvolvimento de vacinas, a quimioterapia permanece o meio isolado mais efetivo e barato de controlar a maioria das infecções microbianas e parasitarias. Um derivado nitrofurano, a Nitrofurazona (5-nitro-2- furfurilidenosemicarbazona) estudado inicialmente na década de 40, tem merecido destaque por se tratar de um composto que possui atividade antimicrobiana de largo espectro de ação contra microorganismos Gram-positivos e Gram-negativos, como também potente ação para a forma aguda da doença de Chagas. Entretanto, este composto apresenta efeitos tóxicos, além de baixa lipossolubilidade, o que requer maiores concentrações para obter efeitos terapêuticos desejáveis. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi sintetizar, mediante emprego da modificação molecular, fundamentada na homologação do protótipo (Nitrofurazona), a obtenção e caracterização de novos derivados mais potentes e menos tóxicos. Os novos derivados da Nitrofurazona foram sintetizados mediante a inédita alquilação em meio aprótico, na posição N2 e N2,N4 da porção semicarbazona, com bons rendimentos e grau de pureza. Os derivados N2-monoalquilados foram os mais ativos da série, quanto à atividade antimicrobiana em ensaio in vitro frente a microorganismos patogénos, revelando-se mais potente que o protótipo, principalmente para bactérias Grampositivos, incluindo cepas de S. aureus multi-resistentes (MRSA). A atividade antichagásica foi determinada in vitro frente a forma epimastigota do T. cruzi, cepas Y, nos quais os derivados N2,N4-dialquilados foram mais potentes que o protótipo. A toxicidade aguda preliminar in vivo foi realizada para o derivado N2-monobutil (mais potente derivado antimicrobiano), com DL50 = 186mg/kg, se revelando ligeiramente mais tóxico que o protótipo; no entanto por ser este derivado mais lipossolúvel, seu transporte é facilitado com maior poder de penetração celular. Os resultados obtidos foram bons, tanto no método desenvolvido e rendimentos obtidos aos novos derivados, como também o aumento da lipofília e a potencialização destes, frente a microrganismos e ao parasita T. cruzi