Estudo brioflorístico de três formações vegetais no município de Bonfim - Roraima

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: SANTIAGO, Roseanie de Lyra
Orientador(a): PÔRTO, Kátia Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48549
Resumo: Com o objetivo de realizar o levantamento florístico e comparar diferentes briofloras investigou-se uma área de contato savana/floresta, com três tipos de formações vegetais: savana arbórea aberta, floresta de transição e floresta primária, no Município de Bonfim, Roraima. O trabalho de campo foi realizado durante as estações seca (janeiro/1995 e 1996) e chuvosa (agosto/1995). Delimitaram-se 8 estações de coleta de 10 X 50 m, sendo 2 em cada floresta e 4 na savana. Coletaram-se amostras de briófitas sobre os seguintes substratos: caule vivo e morto, folha, rocha e solo. O material botânico encontra-se depositado no Herbário UFP, da Universidade Federal de Pernambuco. A brioflora das áreas estudadas é constituída por um total de 48 espécies, distribuídas em 31 gêneros e 12 famílias. Constituem-se nova ocorrência para a região Norte: Frullania dusenii Steph., Aphanolejeunea exigua Evans, Drepanolejeunea mosenii (Steph.) Bischl., Harpalejeunea tenuicuspis (Spruce) Schiffn., Lejeunea glaucescens Gott., Trachylejeunea crenata (Nees & Mont.) Schust., Fissidens asplenioides Hedw. e Aptychopsis subpungifolia (Broth.) Broth. e para o Estado de Roraima, 17 espécies. Foram confeccionadas chaves analíticas de identificação para os táxons estudados e são descritas e ilustradas as espécies de nova ocorrência para a Região. As famílias de maior riqueza específica foram Lejeuneaceae, Calymperaceae e Sematophyllaceae. Entre as formações vegetais estudadas a floresta primária demonstrou ser a mais favorável ao desenvolvimento das briófitas, tendo apresentado a maior riqueza taxonômica (10 fam., 28 gên. e 42 sp.), seguida pela floresta de transição (7 fam., 16 gên. e 20 sp.) e por fim a savana (3 fam., 4 gên. e 6 sp.). Há maior similaridade entre as duas florestas, que entre estas e a savana. Lejeunea laetevirens Nees & Mont. e Sematophyllum subpinnatum (Brid.) Britt. foram as únicas espécies comuns aos três tipos de vegetação. Espécies muito raras foram numerosas nas três formações investigadas, enquanto que poucas estiveram presentes nas classes de freqüência rara, ocasional, freqüente e muito frequente; esta última representada por Acrolejeunea torulosa (Lehm. & Lindenb.) Spruce, Sematophyllum subsimplex (Hedw.) Mitt. e Cheilolejeunea rigidula (Nees ex Mont.) Schust., respectivamente na savana, floresta de transição e floresta primária. Nas três formações investigadas, de modo semelhante ao que relata a literatura para ambientes tropicais, caules vivos foram os substratos preferenciais para a colonização das briófitas.