Uma avaliação do impacto eleitoral do Programa Bolsa Família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: LOPES, Camila Cristina
Orientador(a): CRIBARI NETO, Francisco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Estatistica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24574
Resumo: O modelo de regressão beta foi proposto por Ferrari e Cribari-Neto (2004) e é largamente utilizado na modelagem de taxas e proporções, isto é, tais que a variável de interesse é contínua e restrita ao intervalo (0,1). Os parâmetros do modelo de regressão beta são interpretáveis em termos da média da resposta, sendo esta relacionada a um preditor linear por meio de uma função de ligação. Mediante a utilização de um modelo de regressão beta, o interesse desta dissertação é avaliar e comparar a magnitude do impacto que os gastos com programas assistenciais (especialmente o Programa Bolsa Família) tiveram sobre a proporção de votos válidos no segundo turno das eleições presidenciais dos anos 2006, 2010 e 2014. Também, objetiva-se obter uma previsão da quantidade de votos perdidos caso o gasto per capita com o Bolsa Família tivesse permanecido no nível em que se encontrava na eleição anterior, ou seja, se o gasto per capita não houvesse aumentado nos últimos 4 anos. A comparação entre os impactos estimados dos gastos com programas assistenciais sobre a proporção de votos válidos recebidos pelos presidentes eleitos nas três eleições consideradas indica uma diminuição do impacto com o passar do tempo, isto é, a quantidade de votos recebida “graças” aos benefícios do assistencialismo é menor a cada nova eleição. No que tange à previsão de votos perdidos se o gasto per capita tivesse permanecido no nível em que estava há 4 anos, as únicas duas situações possíveis de ocorrer foram constatadas: houve o caso em que, apesar da perda estimada ser razoável, o resultado da eleição não sofreria alteração, como também verificou-se o caso em que o resultado final da eleição teria mudado devido à quantidade de votos perdidos em função dos gastos com assistencialismo.