A velhice sob o olhar de idosos retorcistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Costa Lima Rodrigues, Hilnê
Orientador(a): de Fátima de Souza Santos, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9994
Resumo: O crescimento expressivo da longevidade no mundo inteiro indica a necessidade de que se compreenda a velhice em toda a sua dimensão, atentando-se para o seu caráter heterogêneo, sob cuja determinação cada idoso organiza seu curso de vida, interioriza valores, estabelece sua relação com o tempo, com o mundo, enfim constrói suas representações. Este trabalho teve como objetivo identificar as representações sociais da velhice elaboradas no pensamento do idoso intelectual acadêmico e as formas em que esses processos simbólicos se articulam com a realidade das práticas cotidianas. Para fundamentar o estudo, escolhemos a teoria das representações sociais e como método para a coleta dos dados a entrevista semi-estruturada, com roteiro de perguntas previamente determinado. A escolha dos sujeitos efetivou-se aleatoriamente, condicionada apenas à sua disponibilidade. Para a interpretação dos depoimentos, lançamos mão da análise de conteúdo, técnica através da qual identificamos os segmentos discursivos emersos das entrevistas. Fizemos mapeamento das falas prevalentes e buscamos alcançar significações associadas a categorias inerentes ao objetivo do estudo. Através da análise dos conteúdos comunicacionais, foi-nos possível configurar algumas deduções: 1 - a atividade intelectual age como possibilitadora da comunicação do entrevistado com o outro, com o mundo; 2 o exercício literário leva o idoso a sentir-se útil e reconhecido; 3 as representações sociais que os entrevistados elaboram sobre a velhice não correspondem ao seu modus vivendi, não retratam suas próprias condições, porém confirmam ser a velhice um construto social produzido sob o efeito das influências culturais, sociais e políticas