Tenotomia dos adutores no tratamento da subluxação espástica do quadril em crianças com síndrome congênita do Zikavírus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: ALMEIDA, Thiago Danillo Rodrigues de
Orientador(a): ROLIM FILHO, Epitácio Leite
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40532
Resumo: A síndrome congênita do Zika vírus (SCZ) é um problema de saúde público brasileiro desde 2015. Apenas no estado de Pernambuco, há aproximadamente 438 de casos confirmados. Existe evidências que a tenotomia dos músculos adutores é uma medida utilizada como forma de prevenção da luxação do quadril em pacientes com espasticidade, em especial na paralisia cerebral (PC) acometidos com a SCZ. No entanto, nenhum estudo avaliou a eficácia e os efeitos deste método em pacientes com quadril em Risco de luxação por espasticidade em pacientes com SCZ. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia da tenotomia na progressão da luxação do quadril de pacientes com SCZ induzida pela espasticidade. Trata-se de um estudo retrospectivo de 42 pacientes com SCZ que foram submetidos à tenotomia para prevenir a luxação dos quadris, correspondendo a um total de 81 quadris operados. Foram avaliados os índices de Reimers (IR) no período pré-operatório e comparados com os resultados pós-operatórios de 6 e 12 meses após a cirurgia. Outras variáveis como a abdução dos quadris e o índice acetabular, no pré-operatório e no pós-operatório de 12 meses, além do ângulo cervicodiafisário e a incidência de complicações foram aferidos. Foram elegíveis 29 pacientes, o que representou 55 quadris avaliados. A maioria foi do sexo feminino (65,5%), teve média de idade de 31,45 meses (variando 23 a 42). A maioria dos pacientes possuía GMFCS nível V (65,5%) e 34,5% tinha nível IV e não teve complicações (69%). O IR reduziu de 11,6 a 13,31 de forma absoluta, nos 6 primeiros meses, sem variação estatisticamente significativa nos 6 meses posteriores. A abdução do quadril aumentou de aproximadamente 32 graus para valores próximos a 59 graus. A cirurgia obteve um baixo índice de complicações e foi capaz de proporcionar uma melhora no grau de abdução do quadril (após 12 meses) e regredir o IR, nos 6 primeiros meses, com tendência à estabilização do IR dos 6 aos 12 meses de pós-operatório.