Influência de variáveis sociodemográficas no desempenho de idosos na versão brasileira da bateria Montreal Cognitive Assessment (Moca-BR)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: PINTO, Tiago Coimbra Costa
Orientador(a): COSTA, Maria Lúcia Gurgel da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15253
Resumo: Introdução: A Montreal Cognitive Assessment (Moca) é um instrumento cognitivo breve para triagem de formas mais leves de comprometimento cognitivo. Há uma escassez de baterias de rastreio cognitivo com dados normativos para diagnóstico adequado, além de poucos estudos que avaliam a influência de variáveis sociodemográficas sobre o desempenho de idosos na bateria Moca. Objetivos: Verificar a influência das principais variáveis sociodemográficas sobre o desempenho dos participantes na versão brasileira da Moca (Moca-BR), estratificados de acordo com idade, sexo, escolaridade e estado civil; e estabelecer as normas populacionais da Moca-BR. Método: Uma amostra de 110 indivíduos cognitivamente saudáveis, com idade a partir de 65 anos e, no mínimo, com quatro anos de escolaridade, sem doenças neurológicas ou psiquiátricas significativas que interferissem no desempenho cognitivo, foi recrutada a partir de quatro serviços de atendimento para idosos, em Recife, Pernambuco. Resultados: A média de idade dos indivíduos do estudo foi de 72,7 ± 5,49 anos, com escolaridade de 11,9 ± 4,34 anos. As mulheres corresponderam a 72% da amostra (n=80). Casado foi o estado civil mais frequente (48%). O escore médio na Moca-BR dos idosos foi 23,2 ± 2,7. A escolaridade se correlacionou positivamente com os escores da Moca-BR, com coeficiente de Spearman de 0,33 (p <0,001). Houve correlação negativa estatisticamente significante entre idade e os escores da Moca-BR (ro de Spearman = - 0,19). Idosos acima de 80 anos apresentaram menores pontuações na Moca- BR. Não houve diferença estatística de desempenho na Moca-BR entre homens e mulheres (p=0,890) e entre idosos com estados civis distintos (p=0,336). O modelo de regressão linear múltipla com maior coeficiente de determinação ajustado foi o que incluiu escolaridade e idade (R2 ajustado=0,127). Conclusão: A bateria Moca- BR sofre forte influência da escolaridade e, em menor grau, da idade. Não é influenciada por sexo e estado civil. Nosso estudo estabelece dados normativos da Moca-BR para idosos com pelo menos quatro anos de escolaridade.