Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Waldefrankly Rolim de Almeida |
Orientador(a): |
AGUIAR, Sylvana Maria Brandão de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11875
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Resumo: |
A tese parte da premissa de que a criação da cidade de Aracaju, em 1855, compôs um projeto de ordenamento territorial dos espaços urbanos brasileiros, empreendido pela política administrativa centralizadora do Império, visando à modernização da rede urbana do país. Aracaju representou um processo de modernização conservadora, centralizadora, realizada no período em que o Brasil esteve sob o “domínio” político do Gabinete de Conciliação (1853-1857), o que permitiu a integração das elites regionais em torno de um projeto de modernização nacional. Neste Sentido, a presente tese objetiva visualizar os distintos contornos políticos de Sergipe no contexto de sua participação no Império, à constituição de um ambiente marcado pela idealização de um modo de vida urbano, “civilizado”, capaz de colocar a província nos pontos de convergência de um projeto civilizador nacional, bem como, a centralização e controle territorial por meio da fundação de uma Cidade-Capital e da consolidação da rede urbana em seu entorno. Esta tese contribui para o entendimento das modalidades e dos graus diversos de apropriação e transferência de modelos urbanos no Brasil, ampliando a produção historiografia sobre as cidades brasileiras no império. Utiliza-se, para tanto, do conceito de civilização, de Nobert Elias, assim como, dos conceitos de táticas e estratégias de Michel de Certeau para a análise dos conflitos urbanos decorrentes dos cinco primeiros anos da fundação da cidade (1855-1860). A ideia de modernização conservadora encontra respaldo nos estudos de Raimundo Faoro e de Barrington Moore Júnior. A leitura sobre o papel estratégico da ideologia de uma Cidade-Capital no século XIX, seu peso geopolítico na configuração territorial brasileira foi possível mediante a apropriação do conceito de Cidade-Capital do historiador italiano Giulio Carlo Argan. Para concretização instrumentalização da pesquisa, metodologicamente, os documentos coletados nos arquivos públicos, estadual e nacional, passaram por um processo de pré-análise, diante da opção por uma análise de conteúdo temática, constituída pela escolha dos documentos (relatórios dos presidentes, posturas, infrações, atas, correspondência, legislação provincial), submetidos a uma análise categorial. |