Comunicação de más notícias em unidade de terapia intensiva neonatal : percepções antes e após vídeo participativo baseado na antropologia visual e no protocolo spikes
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51803 |
Resumo: | A comunicação de más notícias faz parte da prática diária dos profissionais de saúde e precisa ser realizada com respeito, responsabilidade e sensibilidade. As dificuldades na formação, na ambiência e no processo de trabalho, as diferenças na individualidade, na capacidade em demonstrar emoções, na disponibilidade para a relação interpessoal e a carência de suporte emocional são fatores que interferem na comunicação. Por isso, é importante avaliar as percepções dos envolvidos nesse processo e utilizar metodologia de ensino-aprendizado com vídeo participativo para estimular a reflexão e a sensibilização dos profissionais de saúde para melhorar a comunicação de más notícias. Objetivo: Avaliar a percepção dos participantes da pesquisa sobre a comunicação de más notícias em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), antes e após a visualização de um vídeo participativo baseado na Antropologia visual e no Protocolo SPIKES. Metodologia: Pesquisa qualitativa, descritiva exploratória composta por três etapas. A primeira etapa do estudo foi realizada com um grupo focal de doze residentes de Pediatria e outro de seis mães de neonatos internos na UTIN. Na segunda etapa, as falas e imagens gravadas durante os grupos focais foram usadas para a produção do vídeo, baseado nas diretrizes do protocolo SPIKES, aplicadas sob a visão teórico-metodológica da Antropologia Visual. Na terceira etapa, houve a visualização e avaliação da percepção dos residentes de Pediatria sobre o vídeo, em que foi empregada a abordagem analítica de conteúdo de Bardin. Resultados: Os resultados encontrados na primeira etapa foram: ambiente inadequado para comunicação de más notícias, mães pouco percebidas por parte dos médicos, convite inadequado para as conversas, compartilhamento inadequado de informações, pouca empatia nas relações médico-familiares e poucas conversas com as mães para esclarecer dúvidas e traçar estratégias. Como resultado da terceira etapa, na percepção dos residentes, o vídeo contribuiu para a melhora no conhecimento teórico, o aumento do grau de responsabilidade, o estímulo à autocrítica e à empatia, o incentivo à sensibilização e reflexão sobre a realidade e a valorização da comunicação da verdade sem excluir a esperança das famílias. Discussão: Há deficiências no processo de comunicar más notícias na UTIN, devendo haver mais incentivo às capacitações profissionais em humanização e acolhimento dos familiares por meio de vídeo participativo que permita sensibilização e reflexão para comunicar más notícias em UTIN. Conclusões: O processo de comunicação interpessoal na UTIN é complexo; os profissionais de saúde e familiares dos neonatos precisam de mais atenção e cuidado; e o aprendizado em saúde perpassa o aspecto educacional e inclui o aspecto emocional e o vídeo participativo estimula a reflexão nos participantes e pode ser usado como metodologia inovadora de sensibilização no ensino-aprendizado na comunicação de más notícias em saúde. |