Avaliação gastroprotetora do sumo de citrus x limon (L.) Osbeck (Rutaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: FIGUEIREDO, Jéssica Carla Bezerra do Nascimento
Orientador(a): WANDERLEY, Almir Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32375
Resumo: Citrus x limon (Rutaceae) é conhecido como limoeiro e seus frutos como limão siciliano. Na etnomedicina, o sumo do fruto é usado para o tratamento da hipertensão, gripe, inflamação e desordens gástricas. Neste trabalho foi avaliada a atividade gastroprotetora do sumo de Citrus x limon (SCL). Inicialmente, parte do sumo foi liofilizado para caracterização fitoquímica, por meio de cromatografia em camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Para os estudos in vivo em ratos Wistar, a atividade gatroprotetora do SCL (10 mL/kg v.o.) foi avaliada em modelos de lesão gástrica induzida por etanol absoluto e indometacina. Em seguida avaliou-se a capacidade antissecretora, a participação do muco e a influência dos grupos sulfidrilas (SH), óxido nítrico (NO), prostaglandinas (PG) e canais K⁺ᴀᴛᴘ no efeito gastroprotetor. A capacidade cicatrizante gástrica e atividade repitelizante foram realizadas por indução com ácido acético e testes imuno-histoquímicos (Ki-67 e BrdU), respectivamente. Pela CCD identificaram-se as classes de metábólitos secundários: flavonoides, saponinas, cumarinas, limonoides e por meio da CLAE os compostos: epigalocatequina (17,7 ± 3,9 μg/mL), galocatequina (15,2 ± 2,8 μg/mL), epicatequina (6,01 ± 0,01 μg/mL) e catequina (3,8 ± 1,4 μg/mL). Na úlcera induzida por etanol, a administração única do SCL (25, 50 e 100%, 10 mL/kg v.o.) protegeu a mucosa gástrica em 60,8; 93,3 e 99,48%, respectivamente, em relação ao grupo controle (156,88 ± 25,17 mm²) e a administração do SCL (100%, v.o.) durante 15 dias continuou exercendo efeito gastroprotetor (74,86 ± 15,48 mm²) quando comparado com o controle negativo (175,3 ± 35,54 mm²). O SCL não protegeu a mucosa gástrica contra lesões induzidas por indometacina. O SCL reduziu a acidez total gástrica, diminuiu o volume secretório gástrico, aumentou o pH do suco gástrico e mostrou ser dependente dos canais K⁺ᴀᴛᴘ no processo gastroprotetor. No modelo de úlcera induzida por ácido acético, após 14 dias de tratamento com SCL 100%, v.o., houve redução da área de lesão ulcerativa em 31,08% em relação ao grupo controle (61 ± 1,98 mm²), ausência de toxicidade e início de proliferação celular do SCL. Os resultados obtidos evidenciam que o SCL apresenta atividade gastroprotetora por ação antissecretória e da ativação dos canais de K⁺ᴀᴛᴘ e atividade cicatrizante gástrica.